sexta-feira

A SMS Devida

(antes do casamento do B. e da I.)


«Vá... Breathe in... Breath out... A noiva provavelmente vai chegar atrasada e nem tudo vai correr como planeado. Duas ou três coisas vão mesmo falhar e vais chatear-te uma ou duas vezes. Mas, apesar de tudo, vai ser o dia mais feliz da tua vida.»

quarta-feira

Melhorou um bocadinho


O meu Swift andava meio em baixo. Fazia muito barulho quando travava, as escovas estavam uma lástima, precisava de óleo e os pneus frontais já não davam conta do recado enquanto que os de trás queriam andar mais rápido e a insegurança lá na frente não permitia. 355 € depois... está como novo! Anda que se desunha e não se queixa de nada! Se é preciso que eu gaste tanto dinheiro para que esteja tão de bem com a vida, o meu carro deve ser "gaja".

terça-feira

O Pavor do Casting (ou, "Ana Sofia, a Intrépida Artista")


Uma amiga minha, actriz, antiga colega de faculdade, está na shortlist final para um papel numa série de televisão. A primeira selecção foi feita, chegou-se a um pequeno número de finalistas para cada um dos papéis e agora a votação final para quem desempenhará as personagens é feita online, no SAPO. Há muito que vejo esta minha amiga tentar mil coisas para ser aquilo que sempre quis ser: uma artista. Canta e representa bem, é bonita, simpática e muito esforçada. Já teve boas oportunidades, que agarrou, já entrou em bons (e menos bons) projectos mas não é tão conhecida quanto poderia ser, caso os astros já se tivessem alinhado a seu favor. Respeito muito a opção que tomou e congratulo-me sempre que percebo que conseguiu um bom papel numa peça, entra numa nova girls band, por vê-la como "empregada doméstica" numa telenovela ou até num spot publicitário do Continente, na "pele" de uma funcionária de caixa. De quando em vez, envia-me apelos sms/e-mail para que vote nela em castings online, para modelo fotográfica ou - tal como agora - para trabalhos de representação. Eu voto, faço a minha parte. Mas sempre que o faço não consigo deixar de me lembrar o pavor que tenho a castings, àquele momento em que a pessoa está ali a tentar agradar a outras pessoas (todas elas com um juízo absolutamente subjectivo - só tem de gostar ou não gostar; e isso não é mensurável) e com 50% ou menos de hipóteses de se ter sucesso(muitas vezes, muito menos do que isso - dependendo do que os outros candidatos estejam dispostos a... fazer para conseguir o papel)... só para passar para um novo casting... e para outro... e para outro. Na verdade, o mais comum é ter de lidar com a rejeição. E é nisso que eu não consigo perceber o que passará pela cabeça da Ana Sofia, ao sujeitar-se a essa violência psicológica de ter sempre de estar fabulosa ("on queue") e mesmo assim saber que pode não estar fabulosa o suficiente para conseguir ser a escolhida. Uma coisa é certa: ela continua (sempre) a tentar. Não há como não admirar isso. Apesar de ser angustiante assistir a tudo isto "deste lado", confesso. Porque mesmo que ela consiga o papel da vida dela, mais cedo ou mais tarde terá de se candidatar a outro... e a outro... e ainda a outro. Pessoalmente, espero que chegue ao estatuto de "estrela", para não se sujeitar a isso. Só assim, saberia que lhe propunham a ela os papéis todos e seria ela a escolher. Actualmente, há uma data de maus actores e actrizes em Portugal estranhamente com esse estatuto... Espero que um dia se dignem a dá-lo também a quem se esforça por ser realmente bom naquilo que faz e quer fazer.

Já agora, a votação para a Ana Sofia conseguir o papel na série televisiva está AQUI. Não custa fazer a minha parte, ajudando-a a tentar alcançar mais este objectivo.

(antes, ou depois, de votar, pode sermpre ver-se o vídeo dela, que também está na página da votação - eu é que quis colocá-lo aqui... só porque gosto de ter miúdas giras no blogue)


quinta-feira

Sul, não tarda


Gosto de tudo o que se relaciona com a ideia de faltar cada vez menos tempo para me pôr a andar de Lisboa para fora durante dois dias e rumar a Sul. Mesmo que seja só mesmo por dois dias e que saiba já o que na segunda-feira de manhã tenho para fazer. Mas isso será na segunda-feira. Até lá, continuo a gostar de saber que vou sair.

domingo

Obama e o respeito dos/pelos media


Barack Obama deu a primeira conferência de imprensa após as eleições que ditaram que será o próximo presidente dos Estados Unidos. Não tendo de o fazer (só é "obrigatório" perante o presidente em exercício e não do candidato vencedor das eleições mas ainda não empossado), os membros da imprensa presentes na sala levantaram-se à chegada de Obama ao púlpito, criando um momento curioso de cumplicidade e boa disposição. Por seu lado, Obama, a páginas tantas questionado por uma jornalista da CNN, reparou que ela estava de braço ao peito, imobilizado, e perguntou-lhe o que se tinha passado - recordo, em plena conferência de imprensa - e, sabendo que o acidente tinha acontecido na noite das eleições e a caminho do local do seu primeiro discurso, gracejou com o facto e desejou rápidas melhoras à repórter, respondendo à sua questão logo de seguida. Podem ser apenas dois pequeníssimos pormenores mas são sintomas de que Barack Obama sabe conquistar o respeito de quem com ele convive e trabalha. Coisa que, por cá (e por tantos cantos do mundo), raramente se vê da parte dos "protagonistas" das notícias.

sexta-feira

Desculpa


Hoje realiza-se o funeral de uma colega minha de trabalho, que faleceu com apenas 28 anos. Nunca nada de bom vem de uma morte, acima de tudo quando tão permatura. Este caso não é excepção, apesar de saber que o fim do sofrimento prolongado possa ser algo de menos mau. Mas este falecimento faz-me lembrar também que somos todos imperfeitos e, pelo menos uma vez na vida, más pessoas, ainda que nunca admitamos realmente que somos (ou fomos) más pessoas. Aliás, até o mais criminoso dos criminosos dirá, acreditando piamente, que no fundo, no fundo... até é uma boa pessoa. Mas não é verdade que sejamos todos boas pessoas. Estou seguro é de que o contrário, sim, é. Eu sou (e fui) má pessoa. Há algum tempo, quando me foi dito que a minha colega estaria gravemente doente, eu duvidei. Simplesmente porque, no meu mundo, na minha área profissional, por vezes é-se capaz de dizer isso apenas e só para justificar uma ausência mais ou menos prolongada no tempo, de que se volta fisicamente diferente. Foi esse o meu raciocínio. Errado, evidentemente injusto e superficial. Perante isto, sou, inevitavelmente, má pessoa. Fiz o meu incorrecto juízo de valor sobre alguém que não conhecia e com quem pouco me relacionava; agora, essa pessoa não está cá mais. Pode sempre dizer-se que desculpas não se pedem, evitam-se (é uma frase que me irrita profundamente), ou que desculpas, neste momento, são escusadas. Ainda assim, só tenho a pedir desculpas. E é isso que estou a fazer.

quinta-feira

Atenção: Este post fala de Analepses e Prolepses


Sou um fã quase compulsivo de boas séries de televisão e, por isso, sou um ávido consumidor de tv por cabo. Vejo sempre o que os canais Funtastic Life têm para oferecer nos horários destinados para a transmissão dos episódios semanais das minhas séries favoritas... e depois revejo os mesmos episódos nos horários de repetição quando estou em casa. A minha ideia é tentar perceber como é que os textos foram escritos, acima de tudo. À excepção dos CSI's. Esses vejo... só porque sim, porque acho que aquilo me exercita a mente e porque a Marg Helgenberger é uma brasa de todo o tamanho... mas isso é a excepção. Desde sitcoms a séries dramáticas, tudo me leva a querer descobrir mais sobre o método de escrita da coisa. Mas vejo e revejo séries vezes de mais. Acabo por fazer pouca coisa no meu tempo livre porque me ponho à frente da televisão, supostamente a aprender. Está a acontecer isso neste preciso momento. Estou a ver uma sitcom ("Foi assim que aconteceu" / "How I met your mother") e a tentar perceber como são escritas as analepses e as prolepses de que a série vive. Obviamente, única coisa que estou a fazer para além disso é escrever este post a constatar o facto de que não faço mais nada enquanto revejo tudo o que já vi anteriormente na televisão (vezes sem conta, em alguns casos). Pronto. Era só isto.