Já o disse (e escrevi) algures, sei disso. Mas não fiquei com o "canhoto" do papel onde rascunhei esse Petit Rien... sobre conchas e mar... e erosão, e beleza, e perfeição... ou imperfeição. Acredito e sempre acreditarei que as conchas mais bonitas que podemos encontrar numa praia não são as mais perfeitas; aquelas inteirinhas, com as formas bem delineadas, limpinhas e sem buracos nem areia incrustada. Essas podem ser giras, engraçadas até... mas não são... bonitas. Bonitas são as conchas que mostram o que sofreram com a violência de anos e anos de ondas em mar alto e rebentamentos junto à costa, com décadas de erosão, de gente a pegar nelas nos areiais e a rejeitá-las atirando-as de novo para o mar, de gaivotas e peixes, tempestades e dias quentes de sol no pico do verão... Só as conchas mais velhas e, consequentemente, mais imperfeitas - porque sofridas - me dão a certeza de que o realmente belo é muito mais do que a simples aparência. Gosto de conchas imperfeitas... que são as mais perfeitas, afinal.
segunda-feira
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
tal e qual as pessoas, não é?
Enviar um comentário