Era uma vez um post que não queria ser post. Queria ser outra coisa qualquer, mas post... não. Sonhou um dia ser um pequeno conto mas isso não lhe foi possível. Depois, pensou ser uma fábula, como aquelas que tinha ouvido em pequenino, mas também não conseguiu. Entretanto, julgou ser uma boa experiência se tentasse ser um artigo de informação mas acabou por não adaptar-se ao género e nunca chegou a ser publicado. Já algo frustrado, tentou ser um poema mas não tinha jeito para as rimas, para as métricas nem para os jogos de palavras e sentidos. Desistiu. Voltou à carga e pensou em ser uma pequena citação mas, de tão pequena ser, não se sentia nem citação nem nada que fosse sequer. Com falta de objectivos na vida (excluindo o de não querer ser post), dedicou-se à transcrição de receitas, listas de ingredientes e listagens de nomes sem fim (que é - como se sabe - o patamar mais baixo de qualquer texto que se preze; muito elenco mas sem enredo...!). Ainda lhe surgiu a oportunidade de ser uma coluna de opinião num jornal de uma vila do interior mas, pelos vistos, ele e o autor nunca partilhavam as mesmas convicções. Viveu, fracassado, toda a vida que um post pode ter. Tudo porque não queria ser post. No final, acabou por se arrepender. Em jeito de último suspiro, pediu que fosse um post (este) a contar a estória... do post que não queria ser post.
sexta-feira
O post que não queria ser
Era uma vez um post que não queria ser post. Queria ser outra coisa qualquer, mas post... não. Sonhou um dia ser um pequeno conto mas isso não lhe foi possível. Depois, pensou ser uma fábula, como aquelas que tinha ouvido em pequenino, mas também não conseguiu. Entretanto, julgou ser uma boa experiência se tentasse ser um artigo de informação mas acabou por não adaptar-se ao género e nunca chegou a ser publicado. Já algo frustrado, tentou ser um poema mas não tinha jeito para as rimas, para as métricas nem para os jogos de palavras e sentidos. Desistiu. Voltou à carga e pensou em ser uma pequena citação mas, de tão pequena ser, não se sentia nem citação nem nada que fosse sequer. Com falta de objectivos na vida (excluindo o de não querer ser post), dedicou-se à transcrição de receitas, listas de ingredientes e listagens de nomes sem fim (que é - como se sabe - o patamar mais baixo de qualquer texto que se preze; muito elenco mas sem enredo...!). Ainda lhe surgiu a oportunidade de ser uma coluna de opinião num jornal de uma vila do interior mas, pelos vistos, ele e o autor nunca partilhavam as mesmas convicções. Viveu, fracassado, toda a vida que um post pode ter. Tudo porque não queria ser post. No final, acabou por se arrepender. Em jeito de último suspiro, pediu que fosse um post (este) a contar a estória... do post que não queria ser post.
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2 comentários:
eu, pessoalmente, acho as receitas óptimos textos! he he
esse post era muito marado, pá. devia saber que não se pode fugir ao destino!
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