segunda-feira

O batente



Voltar ao trabalho - sabe-se (é, de resto, uma daquelas coisas que só não está provada cientificamente... porque não é preciso) - é algo que traz consigo uma forte carga negativa. A malta - mesmo que diga o contrário - nunca está bem de acordo com o facto de ter de terminar as férias para voltar a laborar e, dessa forma, pôr comida em cima da mesa. Sim... há ocasiões em que até sabe bem voltar ao trabalho, claro. Mas não esqueçamos que voltar ao trabalho... dá trabalho. E o que dá trabalho, regra geral, cansa. Isso lança bases mais do que suficientes para que o regresso ao labute não seja bem encarado por (quase) ninguém. A expressão "batente" diz tudo. É onde a porta bate, ao fechar; muitas vezes com um estrondo extremamente desagradável, incómodo. Para lá da porta fica uma realidade que findou e, para cá dela, o barulho seco da porta a bater, sem mais nada (porque ainda nada começou de facto) mas também a forçosa obrigação em pensar na canseira que virá daí em diante. Deve ser por isso que chamam "batente" ao trabalho diário. Estou de volta à rotina laboral. A porta das férias fechou-se com um estrondo seco (embora não tão ruidoso quanto isso) desagradável. E agora, pelos vistos, tenho de pensar na canseira que aí vem...

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