A minha vénia de reverência à muy grande BBC. Por tudo (ou quase). Principalmente por me surpreender quando penso que o Serviço Público (SP) de televisão é um conceito em claro declínio, devido às (supostas) restrições a que são obrigados os operadores televisivos, providenciadores de SP. Ponderação, discrição, imparcialidade (neutralidade), (com)postura e distanciamento de opiniões pessoais são conceitos que sempre são evocados quando se fala em Serviço Público e o que ele (não) deve fazer. Ora... tendo eu visto o programa que vi ontem... não há nada mais errado do que limitar (eu diria mesmo "castrar") o que um operador de SP a fazer reportagens "limpinhas", "assexuadas", "insonsas", desprovidas de opinião ou olhar crítico... desde que linguagem correcta. Grumpy Old Men é um programa de meia hora em que malta fala o que lhe apetece sobre um dado tema. Ontem foi sobre - precisamente - televisão. Fantástico! A visão sagazmente crítica dos intervenientes acertou na mouche nas incongroências do que se faz em televisão, sob o (cansativo) lema de "Nós só damos às pessoas o que elas querem!". Com muita "palavra proíbida" e opinião "politicamente incorrecta"... o programa fluiu com uma velocidade só similar à genialidade das intervenções. E isto... vindo da BBC, aquele colosso da comunicação, tantas vezes acusado de ser extremamente púdico. Ontem, pelo menos, provou que não. E eu... fiquei fã dos Grumpy Old Men!
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