Que manhã...!

Custa-me sempre sentir-me desorganizado. Aliás, eu considero-me uma pessoa "desorganizadamente organizada"; entendo-me no meio da minha aparente desorganização. Só me chateia quando não tenho controlo sobre a desorganização (a minha ou a dos outros, quando me cabe a mim "organizá-la") e perco, por isso, o controlo do que tenho para fazer. Aconteceu-me ontem, ao fim do dia, quando já pouco podia fazer para me organizar no meio da confusão. Mas consegui. No entanto, isso "proporcionou-me" a "oportunidade" (que eu, sinceramente, dispensava) de hoje ter uma manhã como há muito não tinha, obrigando-me a desdobrar-me em... quatro. Coisa "pouca"...! Levantei-me (mais) cedo... Pus-me ao caminho... Cheguei ao trabalho... Respirei fundo... e foram cinco horas em que parei... dois minutos (para ir à casa-de-banho). Falei... Escrevi... Interpretei... Produzi... Desesperei... Voltei a mim... e só respirei de alívio quanto tinha tudo feito e devidamente terminado. "Estou que nem posso", alguém diria. E estou mesmo. Mas com a noção do "dever cumprido" e de que "quem dá o que tem a mais não é obrigado". Raramente me vejo assim. Mas hoje... é assim mesmo que me vejo.