quinta-feira

O amigo que me falta...

Tenho estado doente e a minha maleita, apesar de ser coisa temporária e sem gravidade nenhuma, tem-me feito perder várias (e precisosas) horas de sono. Acordo aos espirros ou a tossir em plena madrugada e o chato disso é que voltar a adormecer torna-se uma tarefa muito complicada. Fico de olhos abertos, à espera que o sono volte... mas ele nem sempre está "cooperante" a ponto de que a interrupção no meu descanso seja mínima.

Falta-me um amigo... do outro lado do mundo.

Porquê? Para poder chatear alguém a essa hora, pôr a conversa em dia, ... sem me preocupar em estar a acordar ninguém que me ature durante a madrugada. É que os nossos amigos (a maioria, pelo menos) - rendamo-nos à evidência - dorme às mesmas horas que nós. E seria bom que alguém estivesse tão acordado do outro lado do planeta como o pobre do gajo com insónia, a uns bons milhares de quilómetros. Era bom, simplesmente.

Este "petit rien" parece-me um bocado parvo. Um rascunho de quem, claramente, não domiu nada de jeito e cuja única solução foi ver tv por cabo (valha-nos isso... e o CSI às 5 da manhã...) até que o despertador tocasse às 8 da matina.

domingo

Jô "fadou" e disse...

A RTP Memória pode não ser um canal em que tudo interesse (longe disso...), mas de quando em vez lança-nos umas pérolas para o permanente chiqueiro que é o nosso espectro televisivo [e mal de mim falo também...].
Há pouco, fui surpreendido por um "Fado Falado" («...Se o fado se canta e chora/Também se pode falar...», ouvia-se no poema)... interpretado por Jô Soares (repito... JÔ SOARES) num programa de humor de 1981, da autoria de Nicolau Breyner e Badaró (que será feito dele...?), com participação de outros humoristas da altura.
Foi uma surpresa fantástica.
Jô falou (e "fadou") eu português sem sotaque, com os "érres" bem pronunciados, sem os "êiz" em vez de "ês" e sem "au" em vez de "al". Tudo perfeitinho.
Na verdade, se não fosse a presença do Gordo no ecran da minha tv, eu não teria parado o zapping para me quedar a ouvir o poema de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros, outrora ouvido pela voz de Villaret. Fiquei pregado a "ouver".
Ao mesmo tempo que me deliciava com o momento, pensei... quão insignificantes me parecem as discussões acerca de como se cantar o fado... ou de quem o canta/pode cantar. Nisso, já vi um pouco de tudo. Desde a resistência a ver estrangeiros e até pessoas "de cor" a cantar a nossa "canção", até a "lutas de galinheiro" em que mulheres forçam Coimbra a aceitar vozes femininas a cantar o fado da cidade dos estudantes e a academia a proíbir que as guitarras toquem para que "elas" cantem o fado. Tudo isso é parvo.
Ouvir o Jô Soares esta manhã fez-me perceber que algo (como o fado) só é verdadeiramente um simbolo nacional quando os "outros" NÃO o tentam adulterar para o tornar deles e sim o tomam como um bom exemplo, honrando-o e respeitando-o. Foi ISSO que eu vi e ouvi.
Respeitassem os portugueses aquilo que de bom têm neste país e não se perdia tanto tempo a discutir o sexo dos anjos...

quarta-feira

Um "petit rien" que.. dói...


Bem sei que, em 99% das ocasiões, os condutores não têm culpa e que os acidentes acontecem... porque "têm de acontecer"; mas sinto sempre uma revolta imensa ao ver animais mortos na estrada. Que eu saiba, o ciclo da vida não foi planeado assim, nem para nós, nem para os animais, mas isso, afinal,... só vem provar que não somos assim tão diferentes (na vida... e na morte).

segunda-feira

Estrelas... reais ou não...


É bom viver na "cidade grande" (ou ir lá... uma vez por outra).
Há sempre "estrelas" para ver...!

À noite, mesmo se o tempo está fronho, os pontos de luz vistos ao longe parecem estrelas caídas no chão.
Se o céu está limpo... há "estrelas" por todo o lado!...