quarta-feira

Para leres, um dia, mais tarde


Quase nunca o digo desta forma mas considero-me um palerma com jeito para fazer algumas coisas. Penso ser essa a melhor (e mais simples) definição de mim próprio. Um dia perceberás isso, certamente. E, se por acaso, fores - também tu - palerma mas com jeito para fazer uma data de coisas (mais do que aquelas para as quais eu tenho, espero), ficarei feliz por isso, podes ter a certeza. Se fores mais do tipo ajuizado, ficarei feliz de igual forma. Podes ter a certeza disso também. Não desdenho maneiras de ser, embora tenha a minha e goste mais de umas que de outras; não espero uma maneira de ser "x" para ti; da tua parte, quero apenas que sejas uma pessoa com valor e com valores, com personalidade própria, com ambição e audácia, para que um dia possas "voar a solo", deixando o conforto das asas que te hão-de proteger até lá. Não te peço nem exijo perfeição. Longe disso. Esforço, sim. Isso terás de estar na disposição de fazer, para conseguires aquilo que sonhares alcançar. Ah... Já agora - e porque eu sei um bocadinho deste aspecto, muito em particular - ser palerma é coisa que não exige muito esforço, e isso é porreiro (percebes, então, porque é que eu não me importo de o ser, certo?). Um dia terás a tentação de errar, sabendo perfeitamente que o estás a fazer. Digo-te eu que o vais fazer mesmo - simplesmente, porque será mais forte a tentação que o juízo nesse momento - mas também posso já assegurar-te que vais aprender com isso, para o bem ou para o mal. O teu futuro, neste preciso momento em que te escrevo estas linhas, não depende de ti; quando as leres, no entanto, já estará nas tuas mãos e posso dizer-te que o peso desse bem precioso (que o é) vai pesando mais, a cada dia que passe na tua vida - não é grave, desde que saibas que isso vai acontecer e que aprendas uma forma para não o deixares escapar entre os dedos. Espero que gostes do mundo, espero que gostes de pensar que ele pode ser melhor do que é e que desejes, no mínimo, fazer um esforço para o melhorar. Espero que gostes de viver, de dar valor áquilo que é realmente importante. Espero que tenhas sorte mas também que faças algo para a ter. E espero que sejas muito, muito feliz. Com a vida, vais perceber que isso não é pouco, não é simples, não te é dado de mão-beijada nem cai do céu. Mas no pouco, no complicado... numa mão beijada... e até no céu... Em tudo podes encontrar a felicidade. O mais extraordinário - acredita - será o caminho que vais percorrer do teu ponto de partida até chegar a esse destino, de ser feliz.

São 23 horas e 59 minutos do último dia do último ano em que o mundo ainda não teve a sorte de te ter como seu mais do que digno habitante. 2009, que começa daqui a um minuto, será mais afortunado. E eu - e a tua mãe - com esse facto, também. Neste preciso momento, tenho duas certezas. Que a minha vida, por causa da tua, já mudou e que o amor incondicional existe mesmo e não se explica. Vi-te ontem pela primeira vez. Com 18 milímetros de "altura". Ouvi (e vi!) o teu coração bater a 170 pulsações por minutos, forte e frágil, simultaneamente. Amo-te incondicionalmente, mesmo sem saber como te chamas, como és, como reages quando leres estas palavras. E amo-te assim mesmo, por uma e uma só razão.

Sou o teu pai.

O Chamado "Espírito Natalício"...


...não me "bateu", este ano. Muitas razões e, simultaneamente, razões nenhumas terão contribuído para que assim fosse em 2008. Simplesmente, não estou em "Christmas Mode", se assim se pode dizer. Ir às compras, à cata dos presentes de Natal, só me faz lembrar que devia ter feito isso em Novembro como tanto gosto. Além disso, faz-me ver que é uma altura em que ninguém parece perceber quanto dinheiro tem na verdade ou realmente quanto para si vale o dinheiro que tem. Por estes dias, toda a gente parece esconder-se atrás desse conceito de "Espírito Natalício", ou para fingir que é rica e comprar tudo o que vê à frente (dando largas a um consumismo patético e desproporcionado), ou para se queixar que não tem dinheiro nenhum, que tem muita pena mas não pode comprar prendas este ano, justificando a opção em gastar o seu dinheiro apenas em si próprio - estão no seu direito... mas não é bonito. Eu gastei dinheiro, embora me tivesse custado e saiba perfeitamente que ele não abunda. Mas sei também que, mesmo que eu não esteja em "Christmas Mode", pelo menos os meus sobrinhos estão - o que é muito natural - e merecem o mimo. O uso do Pai Natal nos centros comerciais também me parece... hadjhsjhagklagh. Isso mesmo. Hadjhsjhagklagh. Confesso que estou muito farto disso mas também admito que possa estar, apenas e só, sugestionado pelo facto de não estar com pachora para "natais". No próximo ano volto a pensar nisto e logo vejo se a aversão é temporária ou permamente. E, por fim, como não podia deixar de ser, a parvoíce. Dantes, achava foleiro que se colocasse as árvores de natal junto estrategicamente às janelas, com as luzes a piscar. Depois, passei a achar foleiro colocarem-se só aquelas espécies de mangueiras com luzes coloridas nas mesmas janelas, fosse em formas geométricas, de estrelas, de "Pai Natal" ou a escrever "Feliz Natal", "Boas Festas" ou "Festas Felizes", muitas vezes com erros ortográficos ou com tudo escrito para o interior da casa, o que tira sentido ao facto de se colocar luzes à janela se a malta cá fora não conseguir ler o que lá está. Depois disso, comecei a odiar (ainda odeio, não foi sentimento efémero) os Pais Natal pendurados como que a subir às janelas, varandas, chaminés, antenas e afins. O Pai Natal supostamente entra em todas as casas mas também não é preciso usar esse pretexto para lhe passar um atestado de criminoso, invasor de propriedade privada (ainda para mais, um falhado; passa-se toda a época natalícia e o raio do homem nunca chega a entrar em casa nenhuma - fica lá pendurado, no mesmo sítio, até ao Dia de Reis... Coitado...). E, agora, os acérrimos "Espírito-Natalício-dependentes" deram em colocar gambiarras coloridas do lado de fora de casa. Maravilhoso! É luzes coloridas a piscar em tudo o que é beiral de telhado, corrimão de varandim, caixilho de janela, canto ou topo de chaminé, em plantas ou nos mini-canteiros dependurados nos 1ºs ou 2ºs andares dos prédios... Tudo a piscar desenfreadamente, noites inteiras (a EDP agradece). Sinceramente, (e, repito, pode ser só porque não estou virado para estas coisas, este ano - mas duvido muito que seja só por isso) não vejo "Espírito Natalício" nenhum nessa mania das gambiarras piscantes. A mim, só me faz pensar que, em Dezembro, o meu bairro se torna numa espécie de "Alto"... Bairo Alto, com bares e discotecas em cada canto, ou - pior - no Red Light District cá da zona. Fica por saber se o Pai Natal acede "assaltar" o que aparente serem casas de prostitutas e/ou alternadeiras. Sim... elas não são nem mais nem menos do que ninguém (não estou a discriminar ninguém negativamente)... Mas não se pode dizer que, durante o ano, essas meninas tenham sido só "nice" e nunca "naughty". A verdade é essa.

segunda-feira

Conhecer pessoas...


... tem vantagens e desvantagens. A desvantagem de conhecer alguém é ter de decorar um novo nome. Para quem, como eu, tem muita dificuldade em memorizar os nomes das pessoas (o mais certo é esquecê-los ao fim de 3 segundos), sempre que se conhece alguém há que tentar, de imediato, encontrar um estratagema para não se esquecer; e isso custa e cansa. A vantagem está no facto de, pelo menos enquanto as pessoas não nos conhecem a fundo, há um periodo de estado de graça em que o que passa é a nossa melhor "versão". A tendência de qualquer pessoa é mostrar as suas qualidades e não os seus defeitos. E isso não custa nem cansa. Basta escolher aquilo que nos pode dar boa imagem e "mostrar" às pessoas que acabamos de conhecer. O que gostamos de fazer, ler, ver ou ouvir, os nossos animais bonitos, os pratos que sabemos cozinhar bem, ... Virtudes, em vez de defeitos, que as pessoas acabam por descobrir mais tarde, à medida que o tempo avança e nos vão conhecendo melhor. É pena que esse periodo acabe, eventualmente. É pena mas não é mau que assim seja. Não deixa de ser um bom pretexto para sermos pessoas melhores, com menos defeitos, que os outros venham a descobrir algum tempo depois de nos conhecerem, deixando de pensar que somos tão espectaculares quanto aparentávamos ser.

terça-feira

OUT




Custa.

segunda-feira

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os pequenos nadas podem mesmo valer uma vida inteira
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sexta-feira

A SMS Devida

(antes do casamento do B. e da I.)


«Vá... Breathe in... Breath out... A noiva provavelmente vai chegar atrasada e nem tudo vai correr como planeado. Duas ou três coisas vão mesmo falhar e vais chatear-te uma ou duas vezes. Mas, apesar de tudo, vai ser o dia mais feliz da tua vida.»

quarta-feira

Melhorou um bocadinho


O meu Swift andava meio em baixo. Fazia muito barulho quando travava, as escovas estavam uma lástima, precisava de óleo e os pneus frontais já não davam conta do recado enquanto que os de trás queriam andar mais rápido e a insegurança lá na frente não permitia. 355 € depois... está como novo! Anda que se desunha e não se queixa de nada! Se é preciso que eu gaste tanto dinheiro para que esteja tão de bem com a vida, o meu carro deve ser "gaja".

terça-feira

O Pavor do Casting (ou, "Ana Sofia, a Intrépida Artista")


Uma amiga minha, actriz, antiga colega de faculdade, está na shortlist final para um papel numa série de televisão. A primeira selecção foi feita, chegou-se a um pequeno número de finalistas para cada um dos papéis e agora a votação final para quem desempenhará as personagens é feita online, no SAPO. Há muito que vejo esta minha amiga tentar mil coisas para ser aquilo que sempre quis ser: uma artista. Canta e representa bem, é bonita, simpática e muito esforçada. Já teve boas oportunidades, que agarrou, já entrou em bons (e menos bons) projectos mas não é tão conhecida quanto poderia ser, caso os astros já se tivessem alinhado a seu favor. Respeito muito a opção que tomou e congratulo-me sempre que percebo que conseguiu um bom papel numa peça, entra numa nova girls band, por vê-la como "empregada doméstica" numa telenovela ou até num spot publicitário do Continente, na "pele" de uma funcionária de caixa. De quando em vez, envia-me apelos sms/e-mail para que vote nela em castings online, para modelo fotográfica ou - tal como agora - para trabalhos de representação. Eu voto, faço a minha parte. Mas sempre que o faço não consigo deixar de me lembrar o pavor que tenho a castings, àquele momento em que a pessoa está ali a tentar agradar a outras pessoas (todas elas com um juízo absolutamente subjectivo - só tem de gostar ou não gostar; e isso não é mensurável) e com 50% ou menos de hipóteses de se ter sucesso(muitas vezes, muito menos do que isso - dependendo do que os outros candidatos estejam dispostos a... fazer para conseguir o papel)... só para passar para um novo casting... e para outro... e para outro. Na verdade, o mais comum é ter de lidar com a rejeição. E é nisso que eu não consigo perceber o que passará pela cabeça da Ana Sofia, ao sujeitar-se a essa violência psicológica de ter sempre de estar fabulosa ("on queue") e mesmo assim saber que pode não estar fabulosa o suficiente para conseguir ser a escolhida. Uma coisa é certa: ela continua (sempre) a tentar. Não há como não admirar isso. Apesar de ser angustiante assistir a tudo isto "deste lado", confesso. Porque mesmo que ela consiga o papel da vida dela, mais cedo ou mais tarde terá de se candidatar a outro... e a outro... e ainda a outro. Pessoalmente, espero que chegue ao estatuto de "estrela", para não se sujeitar a isso. Só assim, saberia que lhe propunham a ela os papéis todos e seria ela a escolher. Actualmente, há uma data de maus actores e actrizes em Portugal estranhamente com esse estatuto... Espero que um dia se dignem a dá-lo também a quem se esforça por ser realmente bom naquilo que faz e quer fazer.

Já agora, a votação para a Ana Sofia conseguir o papel na série televisiva está AQUI. Não custa fazer a minha parte, ajudando-a a tentar alcançar mais este objectivo.

(antes, ou depois, de votar, pode sermpre ver-se o vídeo dela, que também está na página da votação - eu é que quis colocá-lo aqui... só porque gosto de ter miúdas giras no blogue)


quinta-feira

Sul, não tarda


Gosto de tudo o que se relaciona com a ideia de faltar cada vez menos tempo para me pôr a andar de Lisboa para fora durante dois dias e rumar a Sul. Mesmo que seja só mesmo por dois dias e que saiba já o que na segunda-feira de manhã tenho para fazer. Mas isso será na segunda-feira. Até lá, continuo a gostar de saber que vou sair.

domingo

Obama e o respeito dos/pelos media


Barack Obama deu a primeira conferência de imprensa após as eleições que ditaram que será o próximo presidente dos Estados Unidos. Não tendo de o fazer (só é "obrigatório" perante o presidente em exercício e não do candidato vencedor das eleições mas ainda não empossado), os membros da imprensa presentes na sala levantaram-se à chegada de Obama ao púlpito, criando um momento curioso de cumplicidade e boa disposição. Por seu lado, Obama, a páginas tantas questionado por uma jornalista da CNN, reparou que ela estava de braço ao peito, imobilizado, e perguntou-lhe o que se tinha passado - recordo, em plena conferência de imprensa - e, sabendo que o acidente tinha acontecido na noite das eleições e a caminho do local do seu primeiro discurso, gracejou com o facto e desejou rápidas melhoras à repórter, respondendo à sua questão logo de seguida. Podem ser apenas dois pequeníssimos pormenores mas são sintomas de que Barack Obama sabe conquistar o respeito de quem com ele convive e trabalha. Coisa que, por cá (e por tantos cantos do mundo), raramente se vê da parte dos "protagonistas" das notícias.

sexta-feira

Desculpa


Hoje realiza-se o funeral de uma colega minha de trabalho, que faleceu com apenas 28 anos. Nunca nada de bom vem de uma morte, acima de tudo quando tão permatura. Este caso não é excepção, apesar de saber que o fim do sofrimento prolongado possa ser algo de menos mau. Mas este falecimento faz-me lembrar também que somos todos imperfeitos e, pelo menos uma vez na vida, más pessoas, ainda que nunca admitamos realmente que somos (ou fomos) más pessoas. Aliás, até o mais criminoso dos criminosos dirá, acreditando piamente, que no fundo, no fundo... até é uma boa pessoa. Mas não é verdade que sejamos todos boas pessoas. Estou seguro é de que o contrário, sim, é. Eu sou (e fui) má pessoa. Há algum tempo, quando me foi dito que a minha colega estaria gravemente doente, eu duvidei. Simplesmente porque, no meu mundo, na minha área profissional, por vezes é-se capaz de dizer isso apenas e só para justificar uma ausência mais ou menos prolongada no tempo, de que se volta fisicamente diferente. Foi esse o meu raciocínio. Errado, evidentemente injusto e superficial. Perante isto, sou, inevitavelmente, má pessoa. Fiz o meu incorrecto juízo de valor sobre alguém que não conhecia e com quem pouco me relacionava; agora, essa pessoa não está cá mais. Pode sempre dizer-se que desculpas não se pedem, evitam-se (é uma frase que me irrita profundamente), ou que desculpas, neste momento, são escusadas. Ainda assim, só tenho a pedir desculpas. E é isso que estou a fazer.

quinta-feira

Atenção: Este post fala de Analepses e Prolepses


Sou um fã quase compulsivo de boas séries de televisão e, por isso, sou um ávido consumidor de tv por cabo. Vejo sempre o que os canais Funtastic Life têm para oferecer nos horários destinados para a transmissão dos episódios semanais das minhas séries favoritas... e depois revejo os mesmos episódos nos horários de repetição quando estou em casa. A minha ideia é tentar perceber como é que os textos foram escritos, acima de tudo. À excepção dos CSI's. Esses vejo... só porque sim, porque acho que aquilo me exercita a mente e porque a Marg Helgenberger é uma brasa de todo o tamanho... mas isso é a excepção. Desde sitcoms a séries dramáticas, tudo me leva a querer descobrir mais sobre o método de escrita da coisa. Mas vejo e revejo séries vezes de mais. Acabo por fazer pouca coisa no meu tempo livre porque me ponho à frente da televisão, supostamente a aprender. Está a acontecer isso neste preciso momento. Estou a ver uma sitcom ("Foi assim que aconteceu" / "How I met your mother") e a tentar perceber como são escritas as analepses e as prolepses de que a série vive. Obviamente, única coisa que estou a fazer para além disso é escrever este post a constatar o facto de que não faço mais nada enquanto revejo tudo o que já vi anteriormente na televisão (vezes sem conta, em alguns casos). Pronto. Era só isto.


sexta-feira

«There's no such thing like a Perfect Blonde»

Yes, there is!!!





Yvonne Strahovski, actriz, interpreta a personagem "Sarah" (uma agente secreta) na série "Chuck". Australiana de 26 anos, com perfeitos dentinhos de coelho (nada de muito exagerado) e o resto... tudo - digamos - bom. Ah... e (sendo que só eu é que acho isso sexy...) grande parte da expressão facial dela passa por umas pequenas ruguinhas que faz na testa. Sou fã.

terça-feira

O Desafio


Diz-se que não há nada como um bom desafio. Eu concordo... às vezes. Em todas as outras ocasiões, em que não concordo, o desafio que se me depara é simplesmente difícil de superar com êxito, o que o torna, numa palavra, chato. A minha última aquisição em calças é também o meu mais recente desafio. Porque o número que trouxe é ligeiramente apertado e o seguinte (que acabei por não trazer) era demasiado largo, agora tenho um problema: tenho de emagrecer para não sofrer de "aperto cintural". E esse é o desafio. Não deixa de ser um bom desafio (porque, superando-o, ficava mais magro - positivo) mas por ser difícil de superar é aborrecido que tolhe. Para já, nesta "guerra", ganham as calças. Daqui a uns tempos... logo se vê.

domingo

Previsão Metereológica...

... para os próximos dias:

Desconfio, sinceramente, que até ao final de quarta-feira vou andar a dar ao dente.

quarta-feira

Projecto para os próximos tempos



Não tendo MEO, tentar arranjar forma de ver a série MAD MEN (vencedora recente de uma porrada de Emmy's). Porquê? Por esta razão...

... mas também porque, o que vi dela (da série, claro, em pequenos vídeos no YouTube) parece ser uma trama fantástica, com diálogos tremendos, e ainda versa sobre um mundo que me fascina de uma maneira ou de outra, que é o da publicidade.

Mas, sim... a ruiva é a principal razão pela qual quero ver MAD MEN.

O problema agora está em saber como...

sexta-feira

Casamento Gay versus Crise Económica


Hoje pensei várias vezes nisto. Em Portugal, país em crise económica há já bastante tempo, discutiu-se... apaixonadamente... as paixões entre pessoas do mesmo sexo. No meu local de trabalho, discutiu-se (quase tão apaixonadamente) se essa discussão faria sentido neste momento, em que talvez fosse mais importante discutir apaixonadamente formas de resolver os problemas económicos e não os problemas "conjugais" dos homossexuais. Eu não consegui formar uma opinião acerca dessa dicotomia, já que me parece tão importante resolver a questão económica rapidamente como assegurar que todas as pessoas tenham os mesmos direitos que eu, por exemplo. Na minha "balança", os pratos estariam ao mesmo nível, desconfio.


No entanto, o estado americano do Connecticut tornou-se, precisamente hoje, o terceiro dos cinquenta estados americanos a permitir os casamentos entre homossexuais (depois de Califórnia e Massachusetts). Curiosamente, esta discussão (e consequente resolução legislativa) acontece numa altura em que os Estados Unidos estão looooooonge de conseguir perceber como e quando vai ficar resolvida a profunda crise económica que assola o país (e todo o mundo). Pelos vistos, na "balança" deles, os pratos das prioridades penderam para um dos lados. Espero que, por aquelas bandas, a malta (gay e hetero) esteja a dizer «OK. Já tratámos disto. Agora arregaçamos todos as mangas para resolver a cena do guito, que o mundo está a depender de nós.» É que, por cá, ainda estamos todos na fase do «Fascistas! Homofóbicos! Quero lá saber da crise! Crise é a gente não poder casar!» de um lado, e do «Importante é ter uma disciplina de voto e tal... Soluções para a crise económica?... Hmmmm... Não estávamos a falar da 'importantíssima' discussão sobre o casamento entre homossexuais?...» do outro.

terça-feira

Baba com Assinatura



A PimPim está a aprender a desenhar as letras e, ao mesmo tempo, a escrever algumas coisas (pequenas, mas importantes). Já escreve o nome dela, sem falhar a ordem das letras, o das amiguinhas da escola e, agora, também o pseudónimo do tio, pelo qual sempre me conheceu.

Ao que soubemos, o tio está, obviamente, babado.

domingo

As floristas também choram


Não me lembro se nutro ódio à séria por alguém. Sendo assim, parece-me que a pessoa que mais odeio é uma florista, de quem nem o nome sei. A razão é simples. No velório da minha avó, a dita profissional do ramo da jardinagem e decoração veio colocar junto à urna alguns ramos e coroas oferecidas pelos amigos e conhecidos. Nada disto seria razão para grande celeuma, não fosse a frieza com que a senhora atirou para o lado todos os ramos que já lá estavam e, indiferente à dor de quem velava o corpo, fez o seu trabalho de forma brutalmente insensível. Bastava ter pedido ou sugerido que saíssemos da sala por 5 minutos. Não o fez... e, na verdade, esteve a escassos 5 minutos de ser expulsa dali. Só não aconteceu por respeito meu à minha avó e nada mais. E como isso não aconteceu, até hoje sinto que aquela florista é a pessoa que mais odeio na vida. Há dias, voltei à mesma sala mortuária para outro velório, de um primo meu. A florista lá andava, a fazer o seu trabalho, de um lado para o outro, por entre as pessoas presentes, carregando ramos e coroas como em todos os dias fúnebres da aldeia. Só que, desta vez, também ela chorava. Enquanto transpostava os arranjos florais dedicados ao falecido, as lágrimas corriam-lhe dos olhos estriados pela cara corada do choro. Afinal, as floristas também choram - pensei. Aliás... afinal, aquela florista também chora. Confesso que fiquei confortado por saber que, ao contrário do que pensava, também há sangue a correr naquelas veias. Mas, mesmo assim, essa constatação não me apaga da memória o episódio do velório da minha avó e, por isso, a florista continua a parecer-me ser a pessoa que mais odeio na vida.



Curiosamente, por vezes, aquilo que escrevo faz-me olhar para dentro, logo a seguir a ter olhado para fora. Neste caso, percebo que - por inerência da minha actividade profissional - não me é permitida quase nunca a expressão de emoções perante seja o que for. Na minha profissão, a neutralidade é tudo e a insensibilidade é... quase tudo. Daí que, tal como eu odeio a florista, haja certamente dezenas ou centenas de pessoas que me odeiem da mesma forma... e com toda a razão.

Afinal, ainda lá...



Rosa:


Fui visitar-te ao local onde - dizem-me - moras agora. Mas, afinal, foi na tua casa que te fui encontrar. Até tirei uma fotografia e tudo. Gostei de te ver.

quarta-feira

The Perfect Trip


De vez em quando, sei que - em vez de dormir descansado para, pela manhã, partir - o melhor é fazer a viagem à noite. Porque não há sono, porque não chove, porque há menos trânsito... mas, acima de tudo, porque há vontade de conduzir. Sem que as horas contem para muito, sem que haja algo a fazer logo que se chegue e isso obrigue a fazer os 200km sempre a mais de 150km/h... Só com a obrigação de chegar e nada mais. A viagem torna-se perfeita quando, ao silêncio interior e às ideiais que se alinham ou não consoante a vontade do momento, se juntam os sons ideiais que enchem o carro de acordes bons de ouvir, os ideiais para aquela hora, para aquele momento, para ultrapassar o camião que segue na frente, para deixar passar os carros mais rápidos que vão a uma velocidade ilegalmente frenética - mesmo para uma madrugada quase sem trânsito... Para fazer a viagem perfeita que, de vez em quando, acontece.

segunda-feira

Fim de Férias



O facto das férias terem terminado não é drama nenhum. Não me lembro de quaisquer férias que tenham começado e não acabado (a não ser por morte do ente em pleno gozo das ditas, o que ainda assim será também um forçoso terminus das férias). Todas começas e acabam. Foi, é e sempre será assim. É uma daquelas coisas que fazem parte da Lei da Vida. As minhas férias terminaram agora. Lá mais para a frente hão-de começar (e acabar) outras, que vou gozar - espero - com tanto prazer como estas. As cerca de três semanas, divididas entre o Gerês e o Alentejo, foram mais do que umas férias. Foram um periodo de descoberta e uma espécie de ponto de viragem. A partir destas férias, a vida será diferente. Está decidido, literalmente. Por isso, daqui a um ano, não sei se as férias começarão e acabarão da mesma forma. Na verdade, duvido. Se estas férias me vão deixar saudades... vão. Muitas. Tanto no sentido de estas "este tipo de", como no sentido de estas "estas mesmo, que acabaram agora". Vou para sempre lembrá-las como as "melhores", só superadas por todas aquelas que venham a seguir, claro. Por ora, resta o sabor a saudade que se sente na alma e a vontade de voltar ao Alentejo, de fim-de-semana, de folga, de férias e, um dia. se possível, para ficar de vez... por que não?...

quarta-feira

Pouco Original


Eu, sim. Por ser fã desta malta - eles, sim, fantasticamente (muito) originais.



domingo

Postal das Férias

quinta-feira

...quando for grande...


Muitas vezes (muitas mesmo) dou por mim a pensar naquilo que “quero ser quando for grande”. Quase todas as pessoas que me conhecem (e para aí 100% daquelas que não me conhecem mas sabem que eu existo) acham que eu sou e faço aquilo que sempre quis ser ou fazer. Estão totalmente erradas. Em primeiro lugar, porque ao contrário do resto dos miúdos naquela altura, em criança eu não fazia puto de ideia do que queria ser no futuro. Logo por aí posso afiançar que, hoje em dia, não exerço a profissão sonhada, por exemplo; simplesmente, porque não sonhei com nenhuma. Acabei, com o tempo, por chegar à conclusão que tinha vocação para o que faço actualmente. Mas quero fazer mais, melhor e, se possível, crescer profissionalmente, em outras áreas e obter reconhecimento por isso. Atenção à distinção (que neste caso é importantíssima): não quero ser conhecido, quero ser reconhecido. Quanto ao ser, a questão é um pouco diferente. Quando era miúdo, dizia basicamente que queria ser como os meus pais, ter dois filhos, um rapaz e uma rapariga, “surpreendentemente”, com os mesmos nomes que o meu e o da minha irmã. A originalidade não era, de todo, o meu forte, está visto. Até o carro que eu queria ter seria da mesma marca que o nosso na altura (não seria mau de todo ter um Mercedes, é certo… mas a verdade é que o meu dinheiro – pelo menos, para já – só me permite ter um Suzuki pequenino… mas jeitoso). Hoje, com tudo o que a vida me tem mostrado, vejo as coisas com outros olhos, com outras prioridades. Mais do que ter “x” filhos, sei é que quero providenciar um bom e justo início de vida a quem venha a depender de mim, da minha educação. Agora que penso mais nisso do que nunca, percebo que premeditar o futuro só vale realmente a pena quando esse “futuro” chega. Pessoal e profissionalmente, sinto que o meu está a chegar agora. Por isso, quero ser feliz, quero amar incondicionalmente o filho, a filha ou os filhos que venha a ter, quero ser um bom profissional e quer fazer algo mais do que aquilo que já faço mas fazê-lo realmente bem feito. Quando conseguir tudo isto, saberei que, finalmente, cheguei à idade adulta e serei aquilo que quis ser quando fosse grande.


Mirror, Mirror... On The Wall...



É oficial: Deixei de gostar da imagem que vejo ao espelho. Há, por isso, que tomar medidas drásticas e, acima de tudo, eficazes. Exercício, boa alimentação, regra e cabeça no lugar, para que a situação se altere. Tenho de mudar... para melhor.

quarta-feira

Blank


De vez em quando sinto que a minha cabeça está totalmente vazia, como precisamente neste momento. Vazia. Sem nadinha lá dentro. Vazia que nem uma sala de jantar de uma casa nova, sem mobílias, sem tapetes, sem persianas, a fazer eco quando se fala, sem nada... Ôca. Vazia. Isto de sentir a cabeça vazia não é necessariamente mau. Mas fico sempre com a sensação de que não faço rigorosamente ideia nenhuma de como (e com quê) a vou voltar a encher. É só isso.


terça-feira

Promessa


Tomei uma decisão: este blogue vai deixar de ser a "preto e branco". Desde o início (em Dezembro de 2004), este sítio discreto e, regra geral, calminho foi assumidamente uma espécie de "lado lunar" daquilo que me apetece pensar e escrever num determinado momento (para contrastar claramente com o inSenso Comum, que é basicamente o oposto deste blogue). Por isso, sempre achei que o aspecto ideal da página seria o menos colorido possível, para que os "pequenos nadas" que os post's aqui aflorados sobressaíssem por si só. Há uns dias, então, decidi que o Petit Riens irá, de certeza, mudar de figurino. Contudo, esta mudança não acontecerá de imediato. Acontecerá apenas quando uma nova vida (ou mais novas vidas) conquiste(m) o seu lugar no meu dia-a-dia (que, obviamente, já não é só meu). Não... isto não é um "anúncio oficial". Só mesmo uma promessa, para quando acontecer. Nessa altura, o branco, o negro e o "meias-tintas" cinzento deverão dar lugar a cores mais garridas, mais "acriançadas", mais próximas do arco-íris de emoções que espero venham a tomar conta da minha existência*. Nessa altura, obviamente, o slogan principal pasassrá também a ser diferente (o actual vai manter-se, mas haverá um outro): «Os "pequenos nadas" é que dão cor à vida». Mas, para já, isto não passa de uma mera promessa; não há nada (ainda) que justifique essa alteração. Quando houver novidades acerca disso,...

= = = = = = = = = = =


*a minha vida é, actualmente, já bem colorida; mas a calma e discrição continuam a ser pontos de honra cá em casa; desconfio que - quando essa evolução acontecer - a calma não passará só de uma vaga e feliz recordação... e a cor andará também por todo o lado, especialmehte no chão, onde - desconfio - me magoarei várias vezes ao pisar Legos e coisas do género...

segunda-feira

Lá Por Casa... tudo bem!...


Avizinham-se (finalmente!!!) as férias e tal. O gato tem agora duas novas coleiras (a precaver as férias e os parasitas que poderão chatear-lhe a mona... e tudo o que estiver debaixo daquele pêlo imenso) e está a adaptar-se a elas. Enquanto decorre essa adaptação (penosa, porque ele detesta coleiras), anda numa de fazer olhinhos e posições engraçadinhas para que achemos que ele está super-amoroso... só para logo de seguida ir fazer avarias e afiar as unhas no baú de verga do hall de entrada. Depois de fazer asneira, volta a espojar-se na carpete da sala, a fazer-se lindinho. E a gente... pronto... acha-lhe piada e tal... mas isso não é suficiente para desculpar a asneirada que ele insiste em fazer.

quarta-feira

20082008


ou, melhor,...
20.08.2008

Bem sei que reparar neste pormenor é algo de somenos importância mas, no fundo, este blog é isto: um depositório de pormenores, de coisas pequenas e sem importância alguma. Achei piada à coincidência de a data formar duas vezes o número 2008, é só. Se me lembrar, hei-de fazer um post quase igual no ano que vem, a 20 de Setembro... e depois... a 20 de Outubro de 2010... e a 20 de Novembro do ano seguinte... e a 20 de Dezembro de 2012 também, claro. Só não sei se, por essa altura, ainda ligarei a esta coisa dos blogues. Se ligar (e se me lembrar de reparar de novo na coincidência das datas com o ano em curso), faço um post destes todos os anos. Está (mais ou menos) prometido.

terça-feira

Cansaço... muito...


... e ainda faltam mais de duas semanas para as férias...

segunda-feira

Afinal, não estão a brincar com a malta...
...espero eu...!


A velocidade a que as coisas circulam nos media permite que a uma hora se diga uma coisa e a outra se diga algo diferente, como que apagando o que foi assumido anteriormente. As "leis" do Jornalismo ditam que, sempre que haja uma actualização numa determinada notícia, o que é publicado (em 90% das vezes) é só a informação mais recente, em detrimento da mais antiga. Em 90% ds vezes isso, de facto, faz sentido. Hoje, já ouvi outros elementos da família do assaltante/sequestrador do BES de Campolide que sobreviveu dizer que, sim senhor, apesar de nunca terem esperado algo semelhante vindo do rapaz, as autoridades portuguesas não tinham outra opção que não aquela que tomaram, dadas as circunstâncias e que, por isso, Wellinton deve «pagar pelo que fez». Pessoalmente, acho que NINGUÉM daquela família, desde o início, deveria sequer ter aberto a boca acerca do assunto mas, uma vez que isso (erradamente) foi feito, estas novas declarações são um bom serviço em favor do próprio sujeito como também de toda a comunidade brasileira que apenas ficou (mais) fragilizada quando sugeriram que a actuação das autoridades portuguesas tinha sido aquela devido à nacionalidade dos assaltantes. Acredito que todos os brasileiros de boa-fé que vivem por cá agradeceram esta mais recente tomada de posição da família, que vive no Brasil, mesmo que a parte da família residente em Portugal insista em "esticar a corda", usando os media para fazer passar um pouco de ódio xenófobo... só naquela. Seja como for, dou agora o benefício da dúvida ao coração da família, que está do lado de lá do Atlântico e, mesmo à distância, consegue transmitir algum bom senso para o lado de cá (espero que com êxito, claro). Quem não deve ter ouvido essas palavras foi um imigrante brasileiro que esta tarde, à hora da reabertura da dependência do BES após os incidentes de quinta-feira, foi colocar uma coroa de flores fúnebre à porta do banco com um cartaz reafirmando que a acção da PSP só foi a que foi pelo facto dos assaltantes serem brasileiros (como ele). A esse senhor, só tenho uma coisa a dizer: puta que o pariu!...

domingo

Estão a brincar com a malta, certo?...


Esta manhã, ouvi dizer que a familia do assaltante/sequestrador que sobreviveu após a operação da PSP, esta quinta-feira, em Campolide, está muito chateada com a actuação das autoridades em relação ao seu familiar e pondera um processo judicial. Claro! Não vejo o que mais sentido possa fazer neste momento. É "óbvio" que as autoridades estiveram "pessimamente mal" ao abater dois criminosos que ameaçavam a vida de pessoas inocentes, que só foram salvas precisamente pela actuação da PSP. Sério! Processem lá a malta toda e mais alguém! E não se esqueçam de dizer muitas que ele até «é um bom minino e aquilo num é nada habituáu nêlí, não!»... ou lá o que foi que disseram aos jornalistas. Mas digam muitas vezes mesmo, para que as pessoas acreditem. Ora... muito sinceramente... puta que vos pariu! E, já agora, se me quiserem apelidar de xenófobo... força nisso! Estejam perfeitamente à vontade! Fossem dois portugueses a fazer o mesmo que estes dois fizeram e diria exactamente a mesma coisa ao tio ou primo ou irmão ou mamã ou papá que viesse a terreiro defender o vagabundo que tivesse apontado uma arma à cabeça de um inocente para roubar o dinheiro das poupanças e dos ordenados que pessoas inocentes colocaram com esforço no banco. Não defendo a morte de ninguém mas não defendo a vida de quem coloca o destino de inocentes na ponta de uma arma com o dedo no gatilho. Repito: puta que vos pariu! A vossa dor pode parecer igual à de todas as outras pessoas, mas não é. Falta aí qualquer coisa; não há bem uma palavra para isso, mas o mais aproximado talvez seja dizer que falta uma certa legitimidade a essa dor. Se me dói a mim saber que alguém morreu? Dói, diso não haja dúvidas nenhumas; preferia mil vezes que se tivessem entregado e isso seria sinal de que nem um tiro sequer seria dado. Se me preocupa saber que há snipers prontos para liquidar uma vida? Só se for a minha e eu não tiver feito nada por isso, ou se for um sniper criminoso e eu, sem culpa nenhuma, estiver na linha de tiro. De resto, se for um PSP como o que disparou na quinta-feira, não me preocupa mesmo nada. E se o tal processo for para a frente e me for pedida alguma espécie de contribuição cívica, lá estarei, a defender a actuação das autoridades portuguesas, que raramente têm razão para terminarem o dia com a sensação do dever cumprido, nas melhores condições e com tal grau de aprovação social. se o tal processo for adiante... puta que vos pariu!...

sábado

Duk@ Nukem


Sim... A ideia é, à medida que a idade avança, ir perdendo as virtudes e os defeitos que nos caracterizavam na infância e na adolescência, bem sei. É o processo natural das coisas. Ainda assim, há sempre qualquer coisa que insiste em ficar. Restícios de criancice - chamemos-lhe assim - que nos fazem pensar que alguma coisa (boa ou má) irá estar sempre connosco, tenha-se 8 ou 88 anos de idade. Pessoalmente, eu tenho uma data dessas coisas de miúdo que ainda "cá" andam em graúdo, e de vez em quando apercebo-me disso. Em tempos, joguei muito um jogo de computador chamado Duke Nukem, um estranho super-herói, muito mal educado e muito pouco dado a simpatias para com quem ele salva (normalmente, gajas muito boas com enormíssima "capacidade toráxica"), a quem propõe desde logo um regabófezinho (no mínimo, um stripezinho), só como sinal de gratidão pelo salvamento. Politicamente correcto, o senhor. Ontem no MediaMarkt, não resisti a comprar um velho episódio desse jogo que não joguei. Por 2€, pensei, não faria mal nenhum matar saudades do grunho que rebenta com tudo e faz piadas sobre os javalis armados até aos dentes ue vai matando pelo caminho. E não fez, de facto. Mato agora saudades (e porcos, muitos!) do Duke, das gajas, das piadas fáceis e de outras terrivelmente bem elaboradas mas de gosto muito duvidoso... tudo isto no meio de muitos tiros e rebentamento de bombas como se, durante alguns minutos, em frente ao computador, eu fosse um psicopata assassino em potência e depois, no que resta das 24 horas do dia, um cidadão respeitável e pacato como outro qualquer. Acho que faz bem canalizar essas más vibrações para algo que seja inofensivo. O Duke Nukem ajuda. Voltei à adolescência. Agora desligo o computador e volto à vida adulta.

segunda-feira

Espaço: (teoricamente em) 1999



Com cerca de três meses de atraso, a minha irmã deu-me há dias a prenda de anos que (alegadamente) me devia. Sinceramente, não me lembro se ela me deu ou não alguma coisa na altura mas também não me lembro se lhe tenho dado presentes todos os anos pelo aniversário - deve ser uma coisa de família. O presente em causa foi a caixa com toda a 1ª série do "Espaço : 1999". Um clássico. Esta noite, na cama, com o portátil em cima das pernas e com os enormes headphones que usava na rádio postos (para não acordar quem ia trabalhar cedinho), revi o primeiro episódio que, curiosamente, ao fim destes anos todos, me apercebo que não é bem um "piloto", e pega na história já a meio. É só um dos aspectos (agora) bizarros de (re)ver séries antigas. No caso, é imensamente estranho tentar perceber qual o "sonho" dos criadores da série (em 1975) em relação ao que poderia vir a ser o programa espacial mundial em 1999. Estamos para lá do meio de 2008 e nunca chegou a haver uma colónia lunar como aquela que a série mostra, por exemplo. Se calhar, aquela coisa com o Chalenger em 1986 arrefeceu os ânimos dos cientistas espaciais e uma estação lunar nunca chegou a ser uma realidade. Outra das coisas bizarras é tentar lembrar-me onde estaria e o que estaria a fazer no dia 13 de Setembro de 1999, data que a série aponta como a do afastamento da Lua em relação à Terra, devido a um conjunto de explosões ocorridas por acumulação de poluição radioactiva em solo lunar, já produto da ocupação humana (sim... estive a ver o primeiro episódio mesmo com muita atenção... e pouco sono). Para ser franco, não me lembro mesmo do que seria de mim a 13/09/99. Mas vou fazer um esforço. Se possível, ainda antes de ver o segundo episódio do "Espaço: 1999".


sexta-feira

Ele Há Coisas Aborrecidas


Passado Sábado
(trabalhei desde as 9:00 até às 21:00)




Domingo
(trabalhei desde as 10:00 até às 20:30)



Segunda-Feira
(trabalhei desde as 9:00 até às 20:30)



Terça-Feira
(trabalhei desde as 9:00 até às 17:00)




Quarta-Feira
(trabalhei desde as 8:30 até às 17:00)




Quinta-Feira
(trabalhei desde as 9:00 até às 18:30)




Sexta-Feira
(estou de folga)


Como é que eu me estou a sentir?...

terça-feira

A Minha Forma Física (1º Update)


Estou, neste momento, entre buracos do cinto.
Num sinto-me apertado, noutro sinto que as calças me vão cair.

O Material (NÃO) Tem Sempre Razão


Esta manhã, o telemóvel tocou exactamente às 10 da manhã. Estava "vai-não-vai", entre o sono que já havia sido irremadiavelmente interrompido pelo barulho de um berbequim no andar de cima e a vontade de ficar mais um bocadinho na cama, aproveitando o máximo da paz (possível - com o som do berbequim em fundo) que aqueles momentos sempre proporcionam a quem decide "morrinhar" mais cinco minutinhos no escuro do quarto. O toque do telemóvel acabou por estragar em definitivo o momento e a "morrinha" foi à vida. Olhei para o visor do aparelho e percebi que tocava para me lembrar de um aniversário. Normalmente, essa ajuda electrónica é absolutamente essencial, visto que eu sou muito esquecido com datas e isso não joga nada a meu favor nas relações que mantenho com quem me é mais próximo. Foi precisamente pelo facto de o nome da pessoa aniversariante já nada me dizer que aquele toque de telemóvel se tornou (ainda) mais irritante àquela hora. É certo que o meu telefone não altera a lista de aniversariantes automaticamente, consoante as alterações que se dão na minha vida... Por acaso é pena. Já tinha esquecido a pessoa e o telemóvel só veio inverter essa situação, com a qual me estava a dar muito bem. Manualmente, já assegurei que isso não volta a acontecer daqui a um ano.

segunda-feira

Back to "Normalcy"*


A chamada normalidade tem (sempre) um valor relativo. Por muito que tentemos fugir da banalidade de uma vida normal, regozijamos sempre que voltamos a ela, após um periodo de agitação e falta de rotina. Faz parte das idas e voltas que temos na vida. Se é bom sair, fazer e ver coisas diferentes, talvez seja ainda melhor voltar a casa e gozar o (des)conforto do sofá, como em todos os outros dias (banais) do nosso quotidiano. Estou a viver essa fase agora, embora confesse que a normalidade tem, para mim, mais do que simplesmente um valor relativo. Gosto de ser caseiro e a normalidade sabe-me bem. Pena é que, mesmo tendo voltado a casa, ainda não tenha realmente voltado à normalidade, tal é a desarrumação que reina pelas várias divisões do apartamento (roupa, papéis, parafernália de toda a índole que já tinha ficado desarrumada antes de ir para a Suíça e que ainda não tive capacidade para organizar). Enfim. Ainda assim, é bom regressar ao "cantinho" (citando o meu pai: «Nossa casa, nossa brasa!»), comer aquilo de que gosto às horas a que me apeteça (sem esquecer de que estou mesmo decidido a emagrecer), beber café de filtro feito por mim, aturar o gato que continua parvo, estar no meio dos objectos que tornam a casa em lar e, sim, sentar-me no sofá que afunda como o raio e já pede sucessor.



* - Os americanos (quem mais poderia ser?...) têm esta palavra curiosa que um presidente [Warren G. Harding] decidiu usar há mais de meio século, por sua própria iniciativa, em vez de normality. O que é certo é que a palavra acabou no vocabulário "inglês" (muito embora os verdadeiros ingleses se recusem a reconhecer o vocábulo) e, na realidade, grande parte do povo dos Estados Unidos já nem sequer usa o termo correcto normality, que desconhece, pois o "presidencial" (e pouco... normal) normalcy é mais simples de dizer. Afinal, George W. Bush não é inovador. Só nos neologismos que vai criando - cada um pior que o outro.

quinta-feira

See You Soon, Mr.Jenkins

Dizer que o meu gato tem mil e um defeitos já nem sequer conta para o que quer que seja, visto que já devo ter falado nesses mil e um defeitos umas mil e uma vezes. Mas uma coisa é certa. Gosto dele, apesar de tudo. Talvez seja essa a definição de amor incondicional, não sei. O dia em que o levo para o sítio onde ele fica quando eu e a C@ nos ausentamos em simultâneo e me separo dele é extremamente complicado. A viagem (ele sempre detestou andar de carro) é penosa, sofrida, miada quase de principio a fim (e são mais de 200km). O momento em que ele se depara com a nova "casa" e o stress que se apodera dele por ser "largado" ali (acredito que deve ser isso que ele pensa) deixam-me de rastos a mim. Quanto a ele, imagino, terá um misto de tristeza, raiva e depressão por ver o dono "abandoná-lo" junto a estranhos, num sítio pior do que aquele em que vive, com mais frio, com menos conforto... com menos amor. Se tudo correr como previsto, vejo-o só daqui a um mês. Ele não sabe mas eu sei o quanto me custa que assim seja. Tanto quanto me custa quando ele faz travessuras em casa - só está a ser ele próprio, no fundo - e o tenho de punir ou não o posso defender, porque... asneira é asneira. Tanto quanto me custa que, um dia, talvez não tão longínquo como isso, os nossos caminhos seguirão rumos diferentes. Sei que, chegado esse momento, ele sentirá que o abandonei; mas espero que não me negue o amor que sempre lhe terei a ele.

segunda-feira

Mãe é Mãe...


Aparecer na televisão tem destas coisas. Ontem, no meio de uma grande confusão que me rodeava, recebo duas (entre muitas outras) mensagens. Uma da digníssima esposa, preocupada, dizendo «Coitadinho!»; outra, da mamã, também preocupada (mas claramente com outras prioridades): «Tens a gola do casaco levantada. Compõe!». Há coisas que nunca hão-de mudar...

sexta-feira

Max Bickford & Me


Antes de tudo mais, aqui fica o suspiro de alívio por não ser professor. Acho que para se ser um profissional da Educação se deve ter talento, percepção e amor por esse ofício. Dessas três qualidade… não tenho nenhuma, segundo me parece. Mas tenho respeito pelo acto de ensinar coisas, de partilhar experiências com quem ainda não as viveu, de espalhar alguma da (pouca) sabedoria que temos e que, se a guardarmos para nós e se connosco vai para o caixão, de pouco servirá à Humanidade em geral.

Tive dezenas de professores na vida. Uns mais marcantes do que outros, é certo; uns mais talentosos… outros bastante menos; mais ou menos castiços, mais ou menos boas pessoas, mais ou menos totós, mais ou menos motivados… e por aí além.

No entanto, sempre que me lembro da figura de um professor, lembro-me de Max Bickford que, curiosamente, nem foi um professor real. Max era uma personagem de uma série de televisão, interpretada por Richard Dreyfuss. Um professor de História numa Universidade feminina dos Estados Unidos. Nada me ocorre que esta personagem tenha a ver comigo mas ontem, ao ser o orientador de uma sessão para estudantes universitários acerca do meu ofício, percebi o real valor da transmissão de conhecimentos, apregoado por Max Bickford nas suas aulas, cujas histórias eram contadas na minha televisão.

Havia um “não sei quê” ali; de profundo respeito por quem “bebia” as palavras do professor e de respeito do docente por quem estava ali para aprender. Assim me senti eu.

No meio da minha inaptidão para um ofício que não é o meu, senti que fui ouvido e bem questionado, que respondi o melhor que sabia e podia, que fui compreendido e – soube-o já hoje – que o meu trabalho foi competente e obteve bom feedback.

Não quero ser professor mas quero voltar a partilhar aquilo que sei com quem (ainda) não sabe. Não quero levar isto comigo para o caixão sem compartilhar. Não faria qualquer sentido. E o reconhecimento de que o contributo foi valioso será sempre a minha maior recompensa.

Sempre senti que era sobretudo isso que Max Bickford me transmitia a mim.

quinta-feira

Hoje Vou Ser...

quarta-feira

Fã do "Senhor Engenheiro" (que não é o Sócrates, claro!)


É assim uma decisão de última hora. Acabo de decidir que SOU FÃ deste senhor:


Quem é? Não sei mais do que praticamente o resto dos portugueses. Provavelmente é um actor que desempenha o papel de Engenheiro Agrónomo (ou então é mesmo um engenheiro agrónomo com jeito para representar). O que eu sei é que o "boneco" nos spot's publicitários da Agros resulta por ser, de facto, muito bom. A "personagem" é simpática, bem disposta, na sua simplicidade tem até uma pitada de humor mais ou menos subtil que lhe permite ter graça sem ser meramente "engraçadinho". Gosto. Muito. Os pontos altos destes spot's são, sem dúvida, as imagens em que o "Senhor Engenheiro" interage com a vacas (tapando-lhes as orelhas para dizer o "palavrão" rasteabilidade ou agachando-se para surgir junto às tetas do animal) e, logo no primeiro spot de todos, quando revela que, afinal, aquelas vacas (que produzem o leite Agros) «não fazem um boi». Não se pode pedir mais ou melhor do que isto. E é por isso que sou fã deste senhor.

terça-feira

A Unidade Que Vem De Fora


Trabalho num sítio onde muito se fala de união e de "vestir a camisola" mas onde cada um tenta falar mais alto que o outro (para argumentar com bogalhos quando, infelizmente, se está a falar de alhos) e onde as dezenas de televisões existentes conseguem estar cada uma num canal diferente também elas a debitar decibéis em níveis desaconselháveis ao ouvido humano. No fundo, a união (por ali tão apregoada) é só uma utopia impossível de alcançar por manifesta falta de (boa) vontade de todos os que ali trabalham. No entanto, por vezes, fico a trabalhar até mais tarde e à noite, já com o local praticamente entregue unicamente "ao meu cuidado", chegam as senhoras da limpeza. Todas africanas, falam em crioulo salvo quando me cumprimentam, naturalmente, em português. Elas são uma equipa; que fala a mesma língua, que limpa, que arruma, que organiza (aquilo que a multidão que se aglomera de dia no meu local de trabalho deixa em pantânas diariamente)... e que, à medida que vai passando pelas dezenas de televisões existentes, as vão sintonizando todas no mesmo canal, para irem acompanhando a telenovela onde quer que estejam a limpar. Ou seja, com o correr dos minutos, noite dentro, o espaço vai deixando de ter 1001 vozes para acabar a ouvirem-se, em uníssono, as personagens da trama do seriado televisivo. É claro que as tv's continuam a debitar decibéis em níveis totalmente totalmente desaconselháveis ao ouvido humano mas, ao menos, todas a uma só voz, dando por fim uma sensação de unidade que, pelos vistos, naquela casa, só existe quando toda a gente sai e chega a equipa da limpeza.

domingo

Guilty Pleasure (Muito Guilty MESMO!)




Pá... Não sei dizer porquê... Mas curto esta música desde que me lembro de a ouvir. Raramente o admito (aliás, nem sequer me lembro de o fazer senão agora). Mas pior seria se aqui colocasse a versão dos Take That (com Robbie Williams, muito penteadinho e bem comportado, em grande forma, no registo "betinho" de boys band), que eu também curto à brava. Pronto, pronto... Aqui fica esse também, só por causa da cena do Robbie Williams. O resto é muito gay soft porn... e, na minha opinião, imensamente piroso.


Ah! Voltando ao Barry Manilow... Diga-se o que se disser do Barry Manilow (que é mais um "objecto kitsch" americano do que um artista levado a sério, se calhar por ser uma espécie de ícone gay e por causa das 1856345 operações plásticas a que já se submeteu), é - como se vê no vídeo - aos 64 anos de idade uma verdadeira força da natureza... ou então só um velhote que faz questão de se dar mal com a idade que tem.

sexta-feira

@ the end of the (birth)day...


Ao fim do meu dia de aniversário, só me ocorre dizer uma coisa: que bom seria que os senhores que mandam no mundo um dia (se possível, em breve) pegassem naquela frase muito conhecida e a alterassem para algo como...


"Os SPA's são o opium do povo!"

quinta-feira

«K@ tinha 32 anos quando...»



No dia em que faço 32 anos é inevitável que aqui fale daquilo que a idade me faz sentir. Em exactamente três palavras, resumo o que acho que será ter 32 anos:



NADA DE ESPECIAL.



Aliás, isso na verdade não é de admirar. Porquê? Fui fazer uma pequena pesquisa. Não costa que alguém com 32 anos tenha feito coisas admiráveis. Nada de inesquecível foi feito por alguém que contasse 32 anos de idade. A frase «Fulano tinha 32 anos quando…» não tem continuação conhecida. É absolutamente lamentável… e algo preocupante.

Não foi preciso pesquisar para saber que Jesus Cristo não só morreu como superou a morte (ressuscitando milagrosamente – que é um número de magia e tanto!) aos 33 anos de idade. Isso é um feito assinalável. Mas foi aos 33 anos. Aos 32 provavelmente ele andava a pregar à malta e se calhar só o Satanás lhe chateava a cabeça assim mais à séria. Aos 32 anos Jesus não deve ter feito nada de muito especial porque, caso contrário, as Escrituras faziam grandes referências a isso. Não fazem. Pelo menos que eu saiba, nas Escrituras não consta a frase «Jesus Cristo tinha 32 anos quando...»

Aos 31 anos – isto já é fruto da pesquisa – um senhor Jaime Soares tornou-se Presidente da Câmara Municipal de Poiares e ainda não deixou o cargo, sendo sucessivamente reeleito. Tem hoje 65 anos e é um verdadeiro “dinossauro” do poder local em Portugal. Começou a “carreira” aos 31 anos… não aos 32.

A somar a isto tudo, a idade tem-me dado sinais contraditórios, o que não ajuda a saber se, tendo 32 anos, me devo sentir velho ou jovem. Há duas noites, fui buscar um amigo meu que vinha de Braga à Estação do Oriente, perto da meia-noite. Quisemos meter a conversa em dia, fizemo-lo rapidamente ainda que com uma cerveja na mão, num bar não muito longe do local onde ele ia pernoitar mas, como já não estou habituado a “sair à noite”, acordar no dia seguinte foi complicadíssimo. Senti-me extremamente velho por não aguentar os efeitos de meia horazita de conversa num bar por volta da meia-noite.

Por outro lado, ontem (o meu último dia com 31 anos), surgiu-me uma borbulha hedionda de proporções homéricas mesmo na ponta do nariz, como acontece aos teenagers, fazendo-me pensar que afinal posso não estar assim tão velho… mas sim apenas e só deprimentemente propenso a ter borbulhas como os adolescentes.

Isto é o que tenho para dizer de mim aos 32 anos de idade. Está visto que estou super… feliz por ter chegado a este marco “importantíssimo” da minha vida…

terça-feira

Porque é que eu curto a Carla Bruni...?


Por isto...

... e porque a alguém que é capaz de cantar esta canção fantástica como a canta (e, já agora, a alguém com este belíssimo aspecto) não há como não perdoar o que quer que seja... até mesmo o facto de ter casado com um dos mais feios e mais estranhos homens à face do planeta... ou ter aceite participar num programa de televisão em que a total ausência de beleza da apresentadora quase desvia a atenção da deslumbrante figura da verdadeira estrela daquele momento, o que é (lá está...) quase imperdoável.


PS: E o bem que ela fica de calça de ganga?!... Quasi vestidos de gala e o mais que o protocolo exige...! Ganga e T-Shirt! É assim que a beleza feminina se vê. Quem fica bem assim, fica bem de qualquer modo!...

sexta-feira

Uma das Minhas Maiores Dúvidas


Por que raio me afecta tanto (ao ponto de haver lágrima no canto do olho) algo como isto?

(clicar na imagem, ver, ouvir... e voltar aqui, s.f.f.)


Já agora, o reboliço - tal como o vídeo "mostra" - é relativo a esta (estupenda) canção.


(again... clicar, ver e tal... e voltar! obrigado!)

Bem Vinda, Sara! Já dominas o meu auto-rádio em grande estilo!

terça-feira

Rosa, 1 Ano Depois




Esta é a última foto que tenho tua. Provavelmente já diz tudo o que te queria dizer mas mesmo assim, ponho por escrito algumas das coisas que te vou "dizendo". Saíste há um ano. Sei que não voltas mas espero que estejas feliz, orgulhosa do que sou hoje, do que já fiz e do que quero ainda fazer. Não me viste a trabalhar na Holanda, como te prometi mostrar (espero que, ainda assim, me tenhas espreitado, de onde estás) e não estiveste no meu casamento, que sei que seria uma verdadeira felicidade imensa para ti (fiz-te um brinde, sozinho, no escuro do parque de estacionamento - espero que tenhas visto). Mas hoje, um ano depois de saíres de cá, quero dizer-te que estou bem, que continuo (hoje mais do que ontem e menos do que amanhã) a usar tudo o que me ensinaste e a lembrar o amor que me deste. A tua casa está fria e triste. Tem lá umas coisas minhas, espero que isso te alegre. E espero que não te importes mas, porque não sei o que o futuro reserva, tirei-lhe umas fotos, para mais tarde (te) recordar.




Beijo GRANDE!
Vamos "falando", ok?

sexta-feira

Uma bem... Duas mal... Uma bem... Duas mal...


Começa a irritar-me o facto de dormir duas semanas mal (com muita actividade mental… e biliar pelo meio), logo seguidas de uma semana a descansar bem, para depois voltar a dormir duas semanas pessimamente outra vez, e assim sucessivamente. Agora estou na primeira daquelas que penso venham a ser duas semanas de sono mal dormido, o que quer dizer que ainda tenho mais sete dias (mais dia, menos dia) de olheiras e neura pela frente. O chato é que a outra semaninha (embora mais descansada) nunca compensa totalmente os efeitos das duas a rebolar na cama.

quinta-feira

Sem Olvidar Não Iria Avante


Não raras vezes, damos connosco a pensarmos que se calhar podíamos ter sido, em tempos, melhores pessoas no percurso de vida que ficou lá para trás. Pelo menos, comigo é assim. Sinto que em muitas ocasiões - principalmente nas minhas relações pessoais - podia ter evitado coisas inegavelmente más que fiz a pessoas que gostavam de mim. Mas, de vez em quando, há coisas que me fazem pensar que "todas as estradas podem ter dois sentidos".

Anteontem, ouvi na rádio uma história sobre uma pessoa que esculpia fio de cobre com um alicate, formando nomes e figuras. De imediato, lembrei-me de uma noite, num bar de Coimbra, em que aceitei que um artista com o mesmo talento fizesse algo muito semelhante, com o nome da minha namorada da altura. Apesar de... aparentemente, tudo estar bem entre nós, ela não o aceitou. Desculpou-se dizendo que o artefacto ficaria melhor comigo. O episódio perdeu-se na minha memória... até anteontem.

Afinal, quem é que faz isto? Mesmo não gostando do artefacto, havendo algo de mal na relação (que não havia - repito, pelo menos, aparentemente), ou por outro motivo qualquer, ninguém de boa-fé alega que algo que foi feito e adquirido para oferecer em demonstração de carinho fica melhor com quem quer, de facto, presentear. A verdade é que esta "estrada" de ser má pessoa tem mesmo dois sentidos. E o que magoa num dos lados, também magoa do outro. Mesmo que seja uma mão cheia de anos depois.

quarta-feira

"Sonhadelo"


Faço sempre um esforço por estar a horas nos compromissos que marco ou que me são marcados. Logo, sempre que chego a horas a um sítio e tenho de esperar de por algo ou por alguém penso no quão seria bom instituir uma lei que obrigasse a que tudo acontecesse à hora previamente marcada e que quem chegasse atrasado fosse imediatamente considerado um pária e consequentemente excluído pela sociedade. Acabavam-se os atrasos que era um mimo. No entanto, por outro lado, acho que era um azar do caraças que, se isso acontecesse mesmo, por algum motivo, fosse eu a chegar atrasado ao primeiro compromisso ao abrigo da nova regra.

segunda-feira

O(s) Peso(s) da Balança

Está aberta uma nova discussão em casa. A questão que coloquei à ponderação do casal foi: Devemos ou não fazer a aquisição de um aparelho medidor do peso correspondente à massa corporal humana (vulgo, balança)?

A primeira reacção da esposa foi: «Posso sempre trazer a balança que tenho em Setúbal», ao que lhe perguntei se a dita não seria uma daquelas que fala e dá reprimendas ao pessoal por estar, digamos, rechonchudo. Resposta: «Não. É básica.»

Aí percebi que devo, muito provavelmente, ter tocado num ponto sensível da individualidade que é a minha cara-metade. Isto porque, sendo a balança (a tal que ainda está em Setúbal) intelectualmente inferior a uma dessas que articula palavras para envergonhar a malta, isso não significa que seja necessário (e até aceitável) insultá-la, intitulando-a de básica. Se não fala, não fala; nem bem, nem mal. Por isso, não prejudica ninguém, não faz mal seja a quem for. Pronto.

Pressinto que esta discussão (que hoje começou) ainda só viu mesmo o seu primeiro episódio. Palpita-me que esta “aparente” animosidade da minha mulher (que até magra e maneirinha) em relação à balança possa ter alguma origem misteriosa… Será…?


:-)

sexta-feira

Saudades... Saudadinhas?!?...

Do mítico CHUCKY EGG, do velhinho ZX Spectrum.
Tenho!... Quero dizer... TINHA!!!




Porque agora já sei onde posso jogar online! E onde é que é?...
É AQUI!!!

quinta-feira

Quanto uma realidade imita a outra

A minha digníssima esposa é, desde que o descobriu, uma fã deste conceito McDonalds.


Confessa admiradora desta ideia e bem impressionada com o acompanhamento de cenouras ao habitual hamburger, agora a minha cara-metade, pede-me que, mesmo na confecção caseira da iguaria maior da fast food mundial, o resultado final seja este.




E, pelos vistos, a cenoura faz tanto sucesso em casa, no prato junto ao hamburger, como faz no Happy Meal do McDonalds.

sexta-feira

Voltei a ter de Acordar Cedo

... e só consigo pensar nisto: é ou não é uma impossibilidade estatística estar 100% bem disposto e com bom aspecto logo pela manhã (quando o relógio ainda só marca assim tipo 7, 8 ou 9 horas)?

terça-feira

Idiota Compulsivo


Ando a ficar preocupado com isto. Para além do que diariamente idealizo em cada trabalho que faço ou em cada texto que escrevo (nomeadamente nos três blogues que mantenho mais actualizados), a toda a hora tenho ideias sobre tudo e mais alguma coisa. Ideias essas que, por serem muitas, tenho dificuldade em canalizar, encaminhar e/ou pôr em prática. Tenho uma ideia para um filme. Tenho uma ideia para um livro de ficção que sei que poderá dar um bom livro, que iniciei mas não estou a conseguir levar a bomporto. Tenho pelo menos três ideias para livros de reportagem; um está no inicio de recolha de testemunhos, outro está em fase de negociação com o sujeito sobre quem o livro versará (se o projecto for avante) e o último é ainda só um sonho bonito que, infelizmente, não faço ideia como posso tornar uma realidade. Uma hipótese para que isso aconteça talvez seja a junção desse trabalho com outro, que também é uma iedia minha que informalmente já apresentei aos meus superiores, a par de um outro projecto de trabalho também idealizado por mim e já oficialmente em fase de análise para futura decisão de avanço ou recusa. Entretanto, tive também uma ideia para um projecto desportivo inovador que não faço ideia nenhuma se será viável - mas se fosse, era um espectáculo! Há dois anos tive uma ideia para um blogue chamado "Palavra do Dia", que pus em prática, para o qual continuo a ter ideias todos os dias mas que apesar de ser um blogue muito catita, não tenho conseguido actualizar, nem com a ajuda da minha mulher, co-autora. A juntar a isso, as dezenas e dezenas de ideias que tenho para textos do InSenso Comum e do Petit Riens que por não ter chance de apontar em lado nenhum se escapam da memória para não mais voltar. Também tenho ideias para coisas caseiras, para decoração do lar, para novos pratos culinários, para pequenas coisas quotidianas... Ideias para tudo, sobre tudo. Acho, por tudo isto, que sou um idiota compulsivo. E não sei muito bem que ideia fazer disso.

segunda-feira

Seinfeld & Me

Acabo de comprar o livro "Linguagem Seinfeld", da autoria deste senhor.



Desse livro ainda só li umas linhas (quase nada, para ser sincero). Ainda assim, li o suficiente para perceber que, afinal, gostava de ser tal e qual o Jerry Seinfeld. Sendo um Comediante?!? Não!!!... Sendo podre de RICO!!! Isso é que era assunto.

sexta-feira

Três Pequenas Histórias no Feminino

O carrinho das compras não está cheio mas move-se devagar pelo corredor. As forças para empurrá-lo não são muitas, de facto, e as dores também não ajudam. O pé, metido meio à força no sapato de salto alto, já mostra o inchaço e a veia, escura, saliente. Na cara, a pintura exagerada não consegue esconder a última “costura” que o doutor amigo (mesmo que com todo o cuidado para não se notar) lhe deixou junto à orelha. É o preço a pagar por mais um retoque feito. E mesmo assim, as rugas vêem-se. Só ela é que, de manhã, achou que já era hora de mostrar ao mundo o esplendor dos seus setenta e tal anos tão bem disfarçados. Mas cedo percebeu que, afinal, ainda não era a hora… e que, afinal, também já não é mais tempo de enganar o rumo do tempo. A dado momento, para ela, pensou… Mas por que achei que seria boa ideia de vir hoje ao hipermercado?!?

Ele pediu muito e ela, mais uma vez, acedeu. Ela nunca percebeu muito bem porque é que ele gosta tanto de estar com ela de noite nos locais mais escuros que se possa imaginar. Vãos de escada, garagens e portas de prédios são, pelos vistos, os locais predilectos dele. Não os dela, de certeza. Se fosse ela a escolher, escolheria um miradouro com luz e vista sobre a cidade ou algo do género. Uma porta de prédio não tem nada de romântico. Mais a mais, ele aproveita estes momentos “íntimos” (sempre com gente ou carros a passar) para dar largas à exploração do corpo dela. Hoje, no escurinho da entrada do Lote 25, lá está a mão dele já muito acima da cintura dela outra vez. De repente, a luz do hall acende-se. Os amantes são surpreendidos. Quem sai, nada diz. Mas quem entra, uns minutos depois, mesmo não olhando, cumprimenta-os com um apagado e desconfortável boa noite. Depois mais outra pessoa e depois mais outra, até que alguém os manda dali para fora, ameaçando com a chamada da Polícia. Acabam sempre assim os encontros amorosos destes dois. Desta vez, ela pensou, para ela… Mas por que raio ainda gosto eu deste tipo?!?

Trinta e sete anos, camisola do Benfica, cabelo muito curto “carregado” de gel, brinco na orelha direita (na outra, nada – nem furo), fio de ouro (grosso) à vista, peito grande disfarçado em vão, calça de ganga tamanho quarenta e oito, bota escura de biqueira de aço, mão agarrada às grades de um portão de uma escola secundária da periferia da cidade grande. Quase toda a semana, de segunda a sexta, por volta da hora de almoço. Do lado de dentro da escola, um miúdo de quinze ou dezasseis anos dá-lhe conversa. Falam ali um bocado, à vista de todos, com a funcionária escolar claramente incomodada com aquele diálogo, que não ouve mas se repete quase diariamente. De há uns tempos para cá, em alguns dias a PSP começou a ficar para lá das horas que antes ficava. Primeiro, só em alguns dias; agora também de segunda a sexta. Desde que notou a presença dos agentes, eles nada lhe fizeram, nada lhe disseram… e, por norma, até fingem que não vêem. Mas estão ali e dantes não estavam. Ao fim de dois meses, uma mulher bonita e fardada saiu do carro policial para lhe perguntar o nome e o que fazia ali, agarrada às grades de um portão de escola. Quase nem a ouviu. Reparou no cabelo atado, na cor dos olhos, em como ficava bem de farda e pensou, para ela… Mas por que achei eu que podia esquecer quem sou com uma paixoneta por um miúdo de quinze anos?!?

quarta-feira

Pequenos Prazeres da Vida - XVIII


Inventar uma "receita" de Huevos Rotos (apetitoso prato espanhol) e, mesmo não ficando igual, poder matar saudades de uma iguaria que, ao fim de tanto tempo sem a degustar, ainda cria imensa água na boca só de pensar nela.

(o original)

(a minha versão)

terça-feira

Anúncio Oficial


Está decido. Vou voltar a tomar disto.



Pronto. Era só isto que tinha para anunciar.

Obrigado pela atenção dispensada.

A Gerência

sábado

No Dia da Mulher...



... não posso deixar de imaginar como seria se eu fosse... digamos... gaja. Por exemplo, se eu fosse gaja, ao ver este videoclip, das duas uma: ou pensava "Ai que música tão liiiinda!..." ou então... "E, para além de cantar bem, também tinha de ser toda boa, a... porca, a badalhoca, a vaca, a @£*#%!!!!"...

sexta-feira

The White Experience


Está bem. Ao fazer esta experiência, dou de barato uma daquelas coisas que sempre disse (acima de tudo a mim mesmo, já que falo muito sozinho - «maluquiiiinhoooooo!...») não fazer parte da filosofia deste blog. O burgo é intimista e, por isso, sempre me "resguardei" muito de reagir publicamente aos (poucos) comentários que aparecem nos posts. Simplesmente, porque as pessoas que comentam são quase todas minha conhecidas, pessoas amigas, de alguma forma especiais na minha vida e, por isso, a resposta a um comentário usualmente ou não é necessária ou segue via SMS. Desta vez, foi diferente, porque o(s) comentário(s) "pediam" uma alteração "física" no blog... que agora operei, a título experimental. Ou seja, AQUI está o tão pedido layout com letras a negro pedido pela Umbra, de que beneficiará (espero!) ela e mais quem tivesse graves problemas de visão decorrentes do facto de esforçar os olhinhos ao ler os posts na versão original do Petit Riens (que continuará a existir, obviamente). Aguardo feedback, positivo ou negativo, a esta alteração e espero que diminuam os acidentes de quem ficava temporariamente com acuidade visual de 5 a 10% após 3 minutos de leitura no Petit Riens (ouvi dizer que entre esses acidentes havia casos de perigosa caminhada em contra-mão nos corredos dos escritórios, colocação de sal em vez de açúcar no café e confusão de caras-metades com as de outras pessoas com direito a "beijos molhados" e tudo... o que pode levar a alguns berbicachos). O Petit Riens sempre fez Serviço Público. Hoje, a regra mantém-se.

Obrigado.

A Gerência