quarta-feira

A Transparência


É algo a que damos muito valor, quando vista a partir de nós, quando buscamos honestidade nos outros. Mas é muito incómoda, quando vista dos outros em relação a nós próprios, porque nos deixa vulneráveis por algo que não queremos propriamente mostrar.

Oh... Porra!...

Então não é que - por volta das 4 da madrugada - passa na TVI uma série chamada "That's Life", que é novelesca, cheia de beijinhos e abraços, e sorrisos, e amúos, e choro, e discussões, e reconciliações, e ciúme, e flirt's, e essas coisas todas que eu evito ver na TV?!? Então e não é que eu... gosto de ver aquilo?!? Oh... Porra!... É que, sendo novelesca, é coisa para se tornar viciante. Mas passa... ÀS 4 DA MATINA, caraças!!! E isso não é hora de nada, senão de dormir, descansar, ressonar (se for o caso)... mas... Que porra, pá!... Porque é que o raio da série tinha de ser tão catita!?!...

A Cicatriz Misteriosa


Há dois ou três dias dei-me conta de uma cicatriz no meu pé esquerdo. Não há um corte visível na pele, não dói, não faz impressão de qualquer género... não nada. Simplesmente é estranho encontrá-la ali, junto ai dedo "gordo", sem saber de onde e como ali surgiu. Não me lembro de me ter magoado - cortado, queimado, raspado, arranhado... O que é certo é que a cicatriz-mistério, essa, está lá. Não há corte visível na pele, não dói, não faz impressão de qualquer género... não nada. Simplesmente causa-me confusão.

domingo

Procuro K@rro Novo


A hora do Punto está a chegar. Depois de tantas meias-avarias, de umas quantas batidas à má-fé (de que não sei os autores) e apesar de nunca me ter deixado apeado em lado nenhum (mas vá... ainda está a tempo...!) ando oficialmente à procura de uma nova solução automóvel para os próximos anos.Quanto tempo vai passar desde a simples prospecção do mercado até à compra prpriamente dita... ainda não sei, nem faço previsões. Simplesmente, aqui deixo o meu desejo para para os próximos tempos: que a minha escolha seja boa, por um carro barato e de qualidade... que chegue antes de o Punto se passar de veze me obrigue a andar de boleia ou de transportes públicos.

sábado

É absolutamente lamentável...


... a minha inaptidão para estar com desconhecidos e tentar articular uma conversa "com cabeça, tronco e membros". E o chato é que nunca ninguém acredita quando eu digo que sou tímido...!

sexta-feira

"Me Haces Tanto Bien"


Uma pesquisa na Internet... e dou por mim a recordar velhos êxitos (quer dizer... não tão velhos assim... mas que também já não vão nada para novos), que passava nos meus primeiros tempos de rádio, na mais "local" de todas as rádios, num estúdio com os "deck's" da Sony e da Marantz sem teclas nenhumas (Play, Stop, Fast Forward, Rewind, Pause e Eject eram tudo funções que se activavam... com os dedos DENTRO do aparelho - literalmente dentro!), com alcatifa velha a forrar as paredes, um microfone num tripé que, em vez de assente no chão, vinha do tecto e centenas de LP's de vinil (os menos utilizados - sim... na altura, ainda usávamos muitos deles... Ah!.... a batatinha frita!) na estante da parede mais ao fundo, em frente à mesa preta da emissão, forrada a napa já muito gasta, suja e furada por algumas pontas de cigarro ali apagadas. Curioso... desse tempo recordo pouca coisa. De como todos se achavam grandes locutores e ninguém acreditava que seria eu o único a singrar (hoje só um ou dois continuam no activo... e ainda por lá) mas, acima de tudo, de músicas. De temas que passei, gostando de alguns, detestando outros, mas que agora fazem parte de um imaginário meu, que é para mim um álbum de recordações catita e muito interessante no sentido de que não esqueci quando, somo e onde comecei a ser o que sou hoje. Lembro-me de ter passado o "Maubere", em cadeia com praticamente todas as rádios de Portugal. Lembro-me de ter passado muita vez "Purple Rain" (do Prince) e também Dulce Pontes com o Enio Morricone às 7 da manhã (naquele que foi, praticamente, o primeiro "Programa da Manhã" lá do burgo - com notícias, revista de imprensa e tal... tudo feito por um puto de 18 anos - e essas músicas tinham sete e oito minutos; por isso, dava tempo para ir buscar os jornais ao café, já que mais ninguém fazia isso). Lembro-me de passar muita pimbalhada (quando o conceito Pimba tinha acabado de nascer - nunca mais me esqueço da K7 laranja do Emanuel "Pimba! Pimba!" - Maldita K7!!) e de um disco de um Stalone que não era o Sylvester e que nunca pus a tocar. Lembro-me - não sei por quê - melhor de algumas canções latinas (se calhar, porque não havia quase nada americano nem britânico, sem ser aquilo que levássemos de casa). Juan Luis Guerra era grande na altura ("Borbujas de Amor"! Meu Deus!), Luz Casal que, e bem, ainda é grande agora, Daniela Mercury ainda novinha e pura, quando ninguém a conhecia e depois... Presuntos Implicados (que banda!... tão à frente do seu tempo, um verdadeiro espanto) e o infame "Me Haces Tanto Bien", um one hit wonder dos Amistades Peligrosas, que era um hino à badalhoquice, mas em giro e muito, muito, mas mesmo muito catita. Foram dois ou três anos a fazer emissões naquele estúdio feio, fétido e deplorável, tanto a fazer notícias como a aturar os maluquinhos que ligavam às tantas para os "Discos Pedidos" . Desse tempo recordo (ou quero recordar) pouca coisa. Mas recordo que - tal como dizia a música - me fez mesmo muito bem.

quinta-feira

Sinais de 4 Patas


Ontem enfureci-me fortemente com o meu gato. Uma zanga "à moda antiga" mesmo. Arranhadelas e sopros de um lado, berros e até uma palmada do outro. Foi mau. Esta manhã, ao sair à rua, quase tropecei num cão bébé que esperava a dona à porta do café. Cachorro bonito e brincalhão, não me deixou passar por ele sem se meter comigo com uma simpatia contagiante. Pouco depois, na bomba de gasolina, uma gata de estimação dos funcionários da Repsol de Leião enrolou-se, melosa, nas minhas pernas enquanto eu esperava para pagar. Mal peguei no carro, ainda à saída da bomba, mais um cão bébé, num outro carro, fez uma "festa" imensa ao cruzar-se comigo... É só impressão minha ou "alguém" anda a tentar dizer-me que está na hora de fazer as pazes com o meu gato...?




quarta-feira

O meu "Guilty Pleasure"

E de modos que é isto. Korgis, "Everybody's Got To Learn Sometime", a minha canção favorita de todo o sempre. Não que me orgulhe muito disso... mas enfim... Uma boa música é sempre uma boa música. E esta é uma excelente música.

segunda-feira

A minha "Giancaldo"


Chegar à minha terra faz-me sempre recordar o meu filme favorito: “Cinema Paraíso”. Principalmente, se a viagem desde Lisboa até ali for feita de transporte público, neste caso, o comboio. Tenho sempre a sensação de que, como Toto (Salvatore, o protagonista da película italiana), chego à minha “Giancaldo”, uma pequena vila perdida num distrito secundário onde as ruas parecem estar sempre cada vez mais vazias e onde nos sentimos cada vez mais fora de sítio. Foi isso que senti, de novo, ontem. A estação – que, entretanto, se tornou um mero apeadeiro – mantém a traça original e o velho (mas impecável) azulejo a dizer “Retretes” mas está agora toda renovada. Os velhos telheiros deram lugar a modernas e boas coberturas, com escadas e elevadores para salvaguardar a passagem segura de uma linha para a outra… mas não há pessoas. Não se vêem funcionários. Nem passageiros, quase. Não se vê ninguém onde antes se viam dezenas de pessoas, saindo, entrando, esperando, conversando, fazendo malha, vendendo bilhetes de cartão prensado de várias cores… Há agora um vazio onde antes havia vida. E até a voz feminina, bem colocada e com dicção irrepreensível (em oposição à pouco radiofónica voz do antigo Chefe de Estação que, com deficiente dicção, ia dizendo os horários das “composições” que iam e procediam do Entroncamento, Alfarelos ou Coimbra - B), “recebe” os passageiros com a ausência que os vocábulos, quase soltos, debitados por um computador transmitem. Essa modernidade oca, sente-se em toda a vila. Terra de prédios velhos em que as únicas obras feitas são as pinturas com tintas novas e nada (ou pouco) mais. Uma loja aberta ali, um café que fechou acolá… Portas dantes escancaradas e com clientes sempre a entrar e sair dão agora lugar a fachadas com várias camadas de cartazes colados, rasgados e colados de novo, vidros sujos de gráfiti por fora e empoeirados por dentro, impedindo ver o que lá vai dentro, ainda que se adivinhe que mais não seja que cadeiras e mesas amontoadas com teias de aranhas que serão agora a única “clientela” da casa. Uma caminhada até ao centro da vila revela… mais do mesmo. Pouca gente se cruza comigo. A que se cruza… está mais velha. Os mesmos rostos … com mais rugas, com mais cabelos brancos, com um ar mais pesado… com menos razões para sorrir, talvez. Aqui e ali, uma ou outra cara nova, desconhecida, que nada me “diz”. Mas até nisso, parece-me, o tempo tem dado menos que tirado à minha “Giancaldo”. Os corrimões da escadaria do meu prédio foram pintados também. De verde, escuro, feio. Já não há vestígios das minhas travessuras de puto, quando, escorregando por eles abaixo, lhes tirei grande parte da tinta branca que o empreiteiro lhes tinha dado, em duas demãos, por cima do Cuprinol. De volta à rua – porque é fim-de-semana de votação nacional – o confronto com a diferença dos meus mundos. Quem me tratava por “tu”, dirige-se a mim com um distante “Você” ou, pior ainda, “Senhor”; acena de longe e comenta para o lado que eu sou o «tal que saiu para a capital e agora é “famoso”». Os outros, que hesitam mas ainda assim soltam um confortante «Olá! Como estás?», tentam a todo o custo saber o meu sentido de voto; decerto para depois comentar que o «tal que saiu para a capital e agora é “famoso” votou nos “outros”». Enfim… A minha visita (passagem; no fundo, é só mesmo uma passagem) é curta. É sempre curta. Os meus pais não gostam, naturalmente, dessa fugacidade recorrente. Mas o tempo urge. Sempre. Por “isto”, por “aquilo”. Mas, pouco tempo depois de chegar, parto de regresso para a cidade que é agora a minha terra. Porque tem de ser. Porque já não me sinto parte de um local que ainda por cima nem sempre me tratou bem e que muda… pouco e raramente para melhor. Há quem me diga (e aos meus pais) que eu faço falta lá para ajudar a desenvolver a vila. Mas, na minha perspectiva, não há volta a dar (nem vontade de dar) a uma vila que há muito o tempo esqueceu. Esquecê-la – à minha vila – não vou esquecer, tal como Salvatore não esqueceu Giancaldo. Mas voltar… é-me sempre muito complicado. Como a ele foi também.

quinta-feira

A Ciência não explica


É com infelicidade que me apercebo que não há uma cabal explicação cientifica (e, consequentemente, uma cura) para a falta de inspração. Era bom que houvesse. Explicação e cura. Porque isto de andar desinspirado é um aborrecimento tremendo.

Que bom!


Dar uma boa notícia e sentir do outro "lado" tanta emoção em recebê-la como aquela que sinto ao dá-la.

quarta-feira

A Cru

A imagem, dura, crua e seca, surgiu-me na mente durante o telefonema que chegou de casa, da outra casa, daquela que já deixei há vários anos. As pessoas envelhecem. Nem sempre nos apercebemos disso, mas isso acontece... sempre, de facto. É uma realidade que se torna de certa forma... irreal, porque tomamos as pessoas que nos são caras por certas, eternas. E ninguém é eterno. Rosa está a ficar velha. Perdão... Rosa está velha há muito. Ela nunca o quis admitir e talvez por isso eu próprio nunca tenha realmente acreditado que o tempo pudesse um dia tomar conta dela. Rosa está velha. Tem uma nova e indesejada companheira que se junta a outras, velhas e também indesejadas, companheiras - as dores. Acredito o quanto será difícil a quem passou uma vida inteira a trabalhar, com força invejável e improvável para um corpo tão franzino, sentir agora a impotência de se poder mover com autonomia. Rosa está velha. Acredito nisso agora. As pessoas não são eternas. Que pena. Rosa merecia ser. E merece. Merece, pelo menos, que as dores não a tormentem.

segunda-feira

Começa hoje...


... no Ribatejo, um trabalho que, se tudo correr pelo melhor, há-de terminar só em meados de Junho, num outro país. Let the games begin...!

domingo

Olha! Uma verdadeira "Jornada KINDER"!

Sim. Uma jornada muito KINDER.
Por duas razões:

1. Foi uma grande SURPRESA;

2. Foi muito... BUENO!




Quem diria...?!...

sexta-feira

23:43...

... e continuo sem nada para dizer. Não há memória de coisa assim!... Realmente...

Sinto que devia dizer qualquer coisa


Mas, neste momento, nem me apetece, nem sequer tenho seja o que for para dizer. Pronto. São 7 e 10 da tarde/noite... ou o que é que lhe chamam... que o lusco-fusco já lá vai. Mas não. Não tenho nada para dizer.

quinta-feira

O Susto


Devo ter sido para aí dos últimos blogueiros a trocar de versão do Blogger para a cena do Google. E só aconteceu porque os rapazes do gigante monopólio informático - espertos! - me encurralaram e não dando qualquer escapatória para continuar na versão antiga (a original) do Blogger. Há coisas em que sou extremamente conservador e como fui eu a fazer os meus blog's desde a "Estaca Zero" até a belezura que (todos eles) são hoje (mas isso é só a minha opinião)... havia muito medo em mim de perder tudo aquilo para que tinha trabalhado. Medo de perder os textos, os templates, as imagens, os links... tudo. Ter de começar tudo do início outra vez... não sei se conseguia. Mas não aconteceu nada disso. Fechei os olhos com força e cliquei no botão "Continue" que a página me "oferecia". Esperei. Aquilo lá me disse que os blogs estavam alterados e fui ver. Para alé, de uns símblos estranhos nos links (onde antes havia letras acentuadas, cedilhas e afins)... nada. Tudo como eu os tinha deixado após a colocação dos útimos post de cada um. Agora já corrigi os erros que vi (poderá haver outros, que vou corrigindo nos próximos tempos) e a nova versão até me parece catita. A ver vamos se assim é. Ainda há medo em mim... que isto se perca tudo. Mas temos de ser fortes... Não há-de acontecer nada... Não há-de acontecer nada...