sexta-feira

O Sumol de Camoez


Nos tempos da faculdade, no meu mais restrito grupo de amigos, era um hábito nosso brincarmos a pregar mentirinhas inofensivas às pessoas com a maior "cara-de-pau" que se possa imaginar, levando-as a crer que estávamos, de facto, a falar a verdade. Nada que tivesse outra consequência que a simples risada final e um certo embaraço (não mais do que isso) do "alvo" da brincadeira. Assim aconteceu quando do nada "criámos" o «novíssimo Sumol de Camoez», que obviamente quisemos "provar", numa esplanada de Coimbra. O empregado hesitou mas não desarmou. Disse-nos que não havia porque já tinham pedido mas ainda não tinha chegado. É sempre bom encontrar quem não queira fazer figura de urso assim com tanta facilidade...! O (imaginário) Sumol de Camoez significa para esse nosso grupo de amigos um tempo em que (parafraseando um deles) «tudo era possível». E, de facto, era. Esse meu amigo diz ter saudades dessa altura. Eu compreendo. Eu, por um lado, também tenho. Mas não tantas saudades que tudo fizesse para fazer os ponteiros do relógio voltar rapidamente atrás. Aliás, não o faria de todo. No mesmo dia em que foi recordado o Sumol de Camoez, curiosamente, recebi um telefonema de um rapaz que deseja fazer um jantar de antigos alunos, membros da associação de estudantes e da comissão de praxe da minha escola superior. Prometi ver a minha disponibilidade e sei que é praticamente impossível ir. A verdade é que, se tiver disponibilidade, o meu dilema será o que dizer para... não ir. Não tenho vontade. Nenhuma. As saudades que sinto não são revivalistas. O tempo que passou e o que se passou com ele está arrumado numa gaveta que já não abro há muito, por opção. Sorrio, com gosto, ao "saborear" o mítico Sumol de Camoez mas não faço questão nenhuma de voltar ao tempo em que «tudo era possível». Tudo é possível... sempre. Não o foi só naquela altura. Não o é só agora. Se-lo-á sempre, acredito. Porque se não acreditar nisso, então como posso ter esperança no que aí vem?... Seja como for... sim... tenho saudades do Sumol de Camoez, desse tempo e de tudo o que ele representa. Mas vivo o Presente, mesmo que o "Sumol" tenha agora outro sabor.

terça-feira

Um verdadeiro...


Especialmente hoje, não poderia deixar de fazer este trocadilho no título do post. Não que a data ou até a idade a que chego sejam para mim, de facto, um “verdadeiro 31” mas o trocadilho estava mesmo ali à mão de semear. Mais de resto, o ciclo repete-se. Passa um ano. Ficamos mais velhos. Tendencialmente, mais gente nos trata por “Você” e “Senhor” e menos por “Tu”, “Rapaz”, “Moço” e “Jovem”. Faz parte. E registo com algum agrado que – pelo menos, desta vez – estou realmente de bem com a efeméride (chamemos-lhe assim). O ano coreu bem. Faço o que gosto (nem sempre… amo o que faço, mas gosto muito). Tenho projectos para o futuro, uns já confirmados, outros que não passam ainda de desejos e outros que estão mais ou menos ali no meio (pensados e/ou até começados mas longe de terminados). Outros projectos, deixei-os, naturalmente. Tenho carro novo (isto não interessa nada para o assunto do post, mas não deixa de me dar algum gozo – que me seja permitida a futilidade). Não sei se estou mais gordo, mas estou mais gordo do que queria estar. Estou mais ajuizado em certas coisas, mais parvo noutras e espero que a senilidade chegue tarde para não ficar só parvo em tudo. Quanto ao dia em si… ainda agora começou mas já deu para perceber uma coisa. A malta já entendeu os meus horários. Por acaso até estou de folga (não me faria tanta diferença como quando estou a trabalhar), mas as mensagens e telefonemas começaram a chegar logo a seguir às 10 da manhã (que é aquela hora que ninguém desconfia; que nem é muito tardia, nem madrugadora). Foi porreiro que assim fosse. Pude dormir, ao contrário de em outros anos, quando eu até nem estava nada com pachorra para fazer anos sequer; quanto mais receber telefonemas e mensagens às 7 e às 8 da matina…! Mas… mesmo que este ano toda a gente tenha tido esse cuidado (que eu agradeço)… não me teria importado nada de ser despertado por um telefonema a que me habituei, que Rosa fazia logo que lhe parecia ser boa hora para me dar os Parabéns (assim perto das 7:30, hora em que eu ainda tentava aproveitar os últimos – e sempre mais preciosos – minutos de sono). Este ano, esse telefonema não chegou. Nem vai chegar nos próximos. Faz parte, eu sei. Mas gostava de partilhar mais aniversários com todos os que amo. E a partir de agora não posso.

domingo

Rosa



Obrigado pelo amor que sempre me deste e que sei sempre me irás dar.

sábado

Só Porque Sim




Só porque sim, apetece-me dizer que, por causa da miúda da esquerda, conheci a da direita e comecei a ouvir o que ela canta. E é bom! É bom o som, é boa a voz, é fantástica a calma que a música transmite, é tremenda a força e o peso das palavras mesmo que ditas devagar e com uma leveza angelical. Kate Havnevik (a miúda da foto à direita) é, provavelmente, a maior fornecedora de canções para a banda sonora da série Grey's Anatomy, com Ellen Pompeo (a bela moçoila do lado esquerdo, se ainda há quem não saiba quem ela é). Aconselho vivamente a audição do tema "Unlike Me", em versão "a capella". Simplesmente... ... ... ! Pois.

sexta-feira

Dou-me conta, assim, de repente...

... que estou cheio de saudades de passear pela Serra da Estrela. Não por causa da neve (de que gosto muito - não restem dúvidas disso) mas sim da versão "summer" da montanha. Adoro o verde misturado com o cinza das pedras e o azul do céu, reflectido na água dos lagos e dos cursos de água que abundam por lá. Há já quase três anos que não subo a Seia, Sabugueiro, Lagoa Comprida, Torre... que não passo por São Romão, Manteigas, Gouveia, Covilhã... que não respiro aquele ar bom como só a Serra da Estrela tem para oferecer.

quarta-feira

Suzu...K@!!!

Sócrates troca os pés pelas mãos na televisão, mostra uma data de certificados de habilitações, certidões escolares a metro, nega «insinuações maldosas» que os entrevistadores não fizeram, acaba por (não) admitir que giro, giro é ser chamado de Engenheiro, mesmo que só «socialmente» e nunca tendo exercido puto de Engenharia. Já choveu, agora não chove, mas a estrada ainda está molhada e faz um frio lixado de aguentar. Não comi praticamente nada hoje (um croissant de manhã e um prato de massa chinesa instantânea feita em casa, já à noite; pelo meio... nada). Falei para aí 10 vezes com um estranho, de quem a cara ainda nem sequer conheço; tantas vezes que ao fim de meia dúzia de telefonemas já partilhava piadas fáceis relacionadas com esse belo e interessante mundo que é o dos seguros automóveis. Chateei-me comigo por ter tentado ser um tipo porreiro. Fiz uma mudança radical na minha vida e sei que os próximos tempos vão ser de uma enorme contenção financeira. Disse «Porta-te bem!» a um "amigo" que não vi ir-se embora e acho que nunca mais o vou ver. Ao fim do dia, escrevo um texto num blog, num pequeno espaço da imensa Internet; um texto que é uma espécie de gota na totalidade dos sete mares do planeta, como uma vírgula no todo da primeira Bíblia de Guthemberg,... um pequeno nada, no fundo. Hoje a minha vida mudou um bocadinho que me parece um bocadão. Uma "enorme" alteração "mínima". Sê bem vindo, SuzuK@! Espero de ti apenas e só que me leves sempre do Ponto A ao Ponto B... sem precalços. Nada mais. Já que ao fim deste dia sinto que, por ti, passei as últimas 12 horas (e as últimas semanas também, de resto) num verdadeiro reboliço e que, por causa de ti, a minha vida levou um abanão... peço-te só isso, para que não sintas (tanto como eu) o peso da responsabilidade de seres "o Maior" (que não tens de ser). Tens de ser bom, competente e cumpridor. Tentarei sê-lo também eu em relação a ti. É esse o meu compromisso. O teu, espero senti-lo todos os dias, em todas as viagens, em todos os quilómetros, em todos os Pontos A e B de onde parte e que venha a alcançar com a tua ajuda, na tua companhia.

segunda-feira

Dúvidas & + Dúvidas


Não está a ser fácil encontrar um novo seguro para o carro que aí vem. O tipo que normalmente me trata disso só atendeu o telefone hoje, cinco dias depois de ter começado a ligar-lhe e só quando lhe disse que estava a pensar mudar de seguradora é que se propôs a enviar-me umas mil e uma simulações para tentar manter-me como cliente dele. Quanto às outras companhias... bom... sabe Deus!... Umas oferecem x coberturas outras y... Nenhuma delas, infelizmente, oferece o seguro de graça e isso é que era realmente uma maneira catita de me cativar como potencial cliente, mas enfim... Ao telefone, fala-se de franquias, de responsabilidade civil e de outras coisas que para mim são algo muito parecido com expressões em puríssimo Mandarim. Tenho pouco mais de 24 horas para tratar disso, já que o carro tem de sair do concessionário devidamente segurado. Por isso, estou a pensar pedir aconselhamento junto de uma rapaziada que sabe tudo sobre azares com automóveis.




Então, malta?... Uma ajudinha... não?...

As Minhas Auto-Rádios


Em antecipação (até porque há muito já não oiço rádio no carro diariamente e tenho saudades), partindo do princípio que o "k@rro" novo tenha, como todos, duas pré-listas de memórias de rádios para personalizar, aqui ficam as minhas preferências (por botão, não é uma questão de "top" - simplesmente, serão esses os botões das memórias em que vão ficar, por conveniência do futuro condutor ... eu):

Lista 1

Botão 1: Antena 1 (para Informação, Rúbricas e, acima de tudo, Desporto)
Botão 2: TSF (idem... mas sem as Rúbricas)
Botão 3: RR (Bola Branca... mais nada - estou mesmo a considerar não a meter lá)
Botão 4: RádioClube (acima de tudo, para ouvir ao fim da tarde o programa da Célia Bernardo)
Botão 5: Oxigénio (destoa, eu sei; mas gosto do raio da estação, pá!)
Botão 6: Comercial (claro!... e no #6, porque assim não me engano e é fácil chegar lá)

Lista 2

Botão 1: M80 (a malta curte os "oldies")
Botão 2: Marginal (jazz... bom...)
Botão 3: Antena 3 (para ouvir o Markl, amiúde)
Botão 4: BestRock (a ver vamos se a meto mesmo; tenho dúvidas...)
Botão 5: MegaFM (idem)
Botão 6: ??? (a rádio Nova Era já tem frequência para Lx, para eu ouvir a Lénia Malaia...?)

Sim... Reparo agora que sou um bocado esquisito em relação às rádios que vou querer no "k@rro" . Com o tempo se verá se as memórias ficam assim mesmo ou se as ondas hertzianas mudam de e por forma a alterar os sons que quero ouvir... em movimento.

sábado

Querido PUNTO:


Chegou a hora do adeus. A partir de meados desta semana que não tarda a entrar nada seremos um ao outro. A frase é seca, fria, eu sei. Mas é disso mesmo que se trata. A nossa relação acaba quando deixar de ter as tuas chaves e os teus documentos em minha posse. Um pouco antes disso, terei feito a minha última condução ao teu volante. Não penses que é com despego e sem pena que o faço. Não é. Aliás, têm-me feito muita confusão estes últimos dias. A procura por novo carro, a decisão de qual comprar, os contactos com o concessionário, os orçamentos para os seguros, as últimas papeladas a tratar… Tudo isto foi feito sem pensar muito em ti. Mas foi por que tinha de ser. Fez-me confusão, mas teve de ser assim. Decidi não pensar nos últimos tempos que passei contigo, muito embora tivessem sido esses que precipitaram a cata por novo veículo. Decidi esquecer que os vidros eléctricos há muito tinham deixado de funcionar, tal como o rádio. Que foste assaltado por incúria minha. Que bati uma vez contigo a 4km de casa quando já tinha feito mais de 400 de viagem. Que te parti a antena sem querer numa lavagem automática. Que me deixaste apeado por teres dado cabo de uma bateria e de uma vez te ter empurrado num sítio inóspito, isolado e sem luz nenhuma, no escuro da noite, porque deixei a bateria descarregar. Que me negavas a direcção assistida quando te dava na veneta. Que a embraiagem começou a trabalhar mal e que a caixa de velocidades está prestes a encomendar a alma ao criador. Tudo o que decidi esquecer, no entanto, voltei a lembrá-lo ontem. Num (último) acto de dignidade para contigo, resolvi cuidar de ti. Limpar-te, lavar-te, tirar de ti o lixo que te fui deixando, aspirar o pó, as pedras, a areia e… os vidros (ainda os vestígios do assalto, um ano e meio depois!...). Não foi bom. Porquê? Porque fui forçado a conduzir de novo com os dentes cerrados, com medo, com mil preocupações, a pensar se avariavas ou não, se paravas no centro de um cruzamento movimentado, se a tua caixa de velocidades resistia,… se conseguia mesmo meter a “primeira”. Foi mau. Safou a tarde o facto de estar a cuidar de ti. Porquê? Porque me recordei do quanto passámos juntos. Foste o meu primeiro carro a “tempo inteiro”. Fizemos mais de 110.000km juntos. Levaste-me a conhecer sítios, a conhecer pessoas, a conhecer o amor, o ódio, a felicidade e a tristeza. De noite, de dia, com sol, chuva, nevoeiro (o raio do nevoeiro!); junto à praia, na montanha, no campo, na aldeia, vila e cidade; por estradas boas e más, auto-estradas, IP’s, IC’s, itinerários secundários, municipais, estradas de terra, caminhos estreitos e até por entre pedras; fomos juntos a muitos sítios. Fizemos viagens estritamente necessárias, outras de lazer e outras que se basearam simplesmente nessa coisa estranha que é a loucura humana (no caso, a minha). Fizemos mudanças (tantas!) e deslocações de trabalho. Fomos a casamentos e a entrevistas de emprego. Contigo fui a reuniões, funerais, exposições, aniversários, discotecas, cinemas, teatros, museus, restaurantes, cafés e tascas. Levaste-me só a mim ou encheste-te de gente para levar e trazer. Assististe a beijos, discussões, conversas interessantes e monótonas, silêncios incómodos e muito mais. Viste-me sorridente, aborrecido, ensonado (desculpa!), mal disposto, feliz, embevecido, corado, triste, admirado, a chorar, a praguejar, a cantarolar, a ralhar; viste-me bem e mal. E levaste-me sempre onde eu queria ir. Disseram-me que é irracional pegarmo-nos aos objectos e que é por isso que estou triste por me afastar de ti. Mas para mim foste mais do que um objecto. Foste mais do que um carro. Foste um amigo. Chegou a hora do adeus. E este é o meu adeus a ti. Obrigado por tudo.

PU-Punto @ Alentejo; Julho 2004

sexta-feira

("Só) Gosto (de ti")


Gosto particularmente quando a publicidade recupera uma ou outra música mais antiga de que já nem nos lembramos de ouvir no rádio e ela passa, de repente, a fazer parte - de novo - das nossas vidas. A marca "Modelo" tem um spot com a canção "Só Gosto de Ti", dos Heróis do Mar, a servir-lhe de "banda sonora". Depois disso, já me apercebi que há mais procura da letra da música no Google (algumas pessoas que procuraram por ela vieram ter ao InSenso Comum, devido a uma referência que fiz a esse tema há algum tempo atrás e isso é sintomático). Eu próprio voltei a ter vontade de comprar o "Best Of" dos Heróis do Mar (os dois volumes), que já me apeteceu comprar em tempos mas depois deixei cair essa intenção em águas de bacalhau. Sei é que me dá um gozo terrível ouvir o excerto da musiquinha (ainda que noutra versão, cantada por uma moça que nem faço ideia quem seja) todos os dias naquele spot. Obrigado, Modelo. Porque GOSTO muito.

Silicone Multi-Usos Sem Odor


É o que diz a bisnaga quer comprei no supermercado para reparar as juntas da banheira, que estavam a permitir a infiltração da água do chuveiro pela parede. Silicone sem odor?... Ok. Deve ser por isso que a minha casa tresanda insuportavelmente a silicone neste momento...!

P*** que pariu isto!...


Um dia inteiro cheio de sono, cansado como há muito não me sentia. Sair mais cedo do trabalho precisamente para descansar mas não o conseguir fazer sem arrumar a casa (de tão de pantanas que estava). Ter de sair de casa para comprar carne para o jantar (porque, afinal, não havia!), a arrastar os pés. Ver a bola por obrigação. Tentar relaxar, já ao fim da noite. E quando os olhos, finalmente, fecham... toca o telefone!!!

quinta-feira

Soninho o dia todo...


Ter sono um dia inteiro é algo a evitar com quantas forças seja possível encontrar no nosso corpo, já de si bastante cansado num dia destes. Podia dizer muito mais acerca deste assunto... mas tenho tanto sono... que não me apetece fazer mais nada que seja. Peço desculpa.

segunda-feira

Xá Tá!


Acho que foi por não estar mesmo nada com vontade de ver a situação arrastar-se no tempo e o estado de "saúde" do Punto ter piorado dramaticamente nos últimos dias... Acho que foi por isso que a procura de "k@rro" novo que se antevia longa e complicada, afinal... não foi nem longa nem complicada. Sim, foram considerados alguns carros (não os suficientes para serem "vários carros") mas não muitos. E a escolha até acabou por não ser tão difícil quanto isso. A encomenda foi feita hoje, via telefone e fax, tal como a candidatura ao crédito. Está decidida a marca (nunca eu imaginei vir a ter um carro dessa marca), como estão decididos o modelo, o número de portas, a cor, o equipamento e o prazo de pagamento. Faltam os pormenores, as legalizações, o novo seguro, a passagem da Via Verde e coisas desse tipo. Ah... e falta chegar a viatura, claro. Mais de resto...