Dizer que o meu gato tem mil e um defeitos já nem sequer conta para o que quer que seja, visto que já devo ter falado nesses mil e um defeitos umas mil e uma vezes. Mas uma coisa é certa. Gosto dele, apesar de tudo. Talvez seja essa a definição de amor incondicional, não sei. O dia em que o levo para o sítio onde ele fica quando eu e a C@ nos ausentamos em simultâneo e me separo dele é extremamente complicado. A viagem (ele sempre detestou andar de carro) é penosa, sofrida, miada quase de principio a fim (e são mais de 200km). O momento em que ele se depara com a nova "casa" e o stress que se apodera dele por ser "largado" ali (acredito que deve ser isso que ele pensa) deixam-me de rastos a mim. Quanto a ele, imagino, terá um misto de tristeza, raiva e depressão por ver o dono "abandoná-lo" junto a estranhos, num sítio pior do que aquele em que vive, com mais frio, com menos conforto... com menos amor. Se tudo correr como previsto, vejo-o só daqui a um mês. Ele não sabe mas eu sei o quanto me custa que assim seja. Tanto quanto me custa quando ele faz travessuras em casa - só está a ser ele próprio, no fundo - e o tenho de punir ou não o posso defender, porque... asneira é asneira. Tanto quanto me custa que, um dia, talvez não tão longínquo como isso, os nossos caminhos seguirão rumos diferentes. Sei que, chegado esse momento, ele sentirá que o abandonei; mas espero que não me negue o amor que sempre lhe terei a ele.
quinta-feira
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