sexta-feira

Post... que não é


Tenho por hábito – penso que um bom hábito – não deixar por escrever coisas que acho essencial ficarem registadas para num futuro próximo ou mais longínquo lembrar, lendo essas linhas que, entretanto, ficaram redigidas num qualquer pedaço de papel ou, neste caso, num ecrã de computador. São pequenos nadas (os petit rien’s) da vida que nos fazem ter opiniões (e, por vezes, até alterá-las) sobre “isto” ou “aquilo” e sentir coisas (boas e más) num determinado momento. A verdade é que (como disse no post anterior) tinha uma data de coisas para registar desse fim-de-semana que passei fora do meu ambiente (agora) quotidiano… e sobre o qual já passam, infelizmente, praticamente duas semanas. Aliás, é esse o motivo maior pelo qual escrevo agora este novo post. E serve o dito para escrever que… já não escrevo aquilo que estava para escrever. Porquê? Por duas razões (para além, claro, do largo espaço temporal que vai desde os momentos que queria relatar e o momento em que iria relatá-los). A primeira, decorre desse espaço temporal; tudo o que escrevesse estaria… desactualizado; já não seria exacto na descrição do que vi, senti e pensei; e penso que a exactidão é essencial. Essencial será também voltar a ver, sentir e pensar (ou não) tudo de novo… quando calhar; sem hora prevista, sem expectativa, sem a obrigação de acontecer ou não sequer. Os cachecóis que eu NÃO vi na EN1 no dia do “clássico” Sporting x Porto, a sensação estranha de estar de volta à minha casa (vazia e pouco “minha”), os mimos imensos da minha sobrinha… Tudo isso e mais alguma coisa que, se voltar a ver/sentir/pensar, só me ajudará a perceber que é genuíno. E nessa altura, aqui voltarei para relatar… com (a minha) exactidão, como de costume.

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