domingo

(E)K(r)@(n)!!!


Título estranho, eu sei. Mas fica como uma espécie de “Código DaVinci” (“Código DaK@” ia soar mal, convenhamos) para os eventuais dois leitores deste Petit Rien descodificarem por si, com a ajuda do restante texto, ok?

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Hoje fez-se a experiência. A sobrinha – ainda a contas com a recuperação da mazela dos últimos dias – foi posta em frente ao televisor; o mesmo onde vê – mil vezes seguidas, se for preciso – o Noddy chegar, no seu carro amarelo, com aquela música em fundo. Mas hoje não apareceu o Noddy. O rapaz que surgiu não era de desenho animado. Nem muito menos havia música de fundo… nem que fosse a fazer menção a carros amarelos ou de qualquer outra cor. Falava-se de umas coisas sobre jogos de bola e de entradas para ver uma equipa estrangeira com muitos jogadores famosos, ao que parece. E o tal rapaz vestia uma camisa castanha e falava com umas pessoas vestidas de encarnado, com dinheiro na mão numa fila de gente, vestida de encarnado e com dinheiro na mão. Não havia roupas de cor garrida nem chapéus com guizo na ponta… mas ela estava pregada ao televisor. Antes do rapaz surgir, a sobrinha não estava a perceber mito bem porque é que estava a ver um outro senhor falar de uns pássaros doentes ou coisa assim, mas logo depois o sorriso dela (com aqueles belos dez dentes bem separadinhos uns dos outros) abriu-se, o dedo apontou e o grito saiu. «K@!...» E soltou-se ainda mais outro (duplo), dali a pouco. «K@! K@!». Os olhos ficaram fixos no televisor onde normalmente aparece o Noddy… bem até ao fim daquela coisa do jogo da bola e dos senhores de encarnado com dinheiro na mão em plena fila. Depois, surgiu de novo o outro senhor que falava dos pássaros e a sobrinha desviou o olhar para a família que se tinha juntado toda lá em casa a almoçar e continuou a brincar como sempre faz, alegre da vida. Relato isto a fazer fé nas informações “fidedignas” de uma avó babadíssima que assim contou o “filme”, pouco tempo depois do episódio ter ocorrido. O tio não esconde “aquela” pontinha de felicidade, de saber que a sobrinha não o esqueceu e que afinal está mesmo mais perto que os tais 200km de distância física que os afasta. Talvez para ela – a sobrinha – não tenha passado de uma foto grande e com movimento, aquela que lhe foi mostrada. Mas nela identificou o tio e a ele – ao tio – (perdoem-lhe o egoísmo), é só isso que lhe interessa. O tio está feliz e a sobrinha foi feliz com ele durante dois minutos. E não há nada como a pura felicidade, certo?

2 comentários:

Maria disse...

A felicidade é feita de pequenos momentos...

stx disse...

I K@,

language by codes???
Não percebi puto, penso que estás a relatar uma cena qualquer em que estejas junto ao Estádio da Luz (vulga ETAR, Lisboeta)agora a história do sobrinho, da tia da prima, do primo da enteada da sogra, não percebi puto.
Bem está na hora de ir á bucha, vai dando novidades. Grande abraço bro.