sábado

Só se houver gajas…!



Hoje coube-me a tarefa de pegar o jantar para todos. Enquanto os meus sobrinhos faziam das deles, os papás confiavam em mim para garantir que alguma coisa que não polpa de fruta, sopra ralada ou leite surgisse para a refeição da noite. Foi nesses curtos 500 metros entre casa e restaurante que ouvi essa frase mítica em conversa de gajos que é «Só se houver gajas…!». A conversa era, de facto, de gajos. Ou melhor, de rapazes armados em gajos, entenda-se. Falava-se – ao que percebi – de uma saída à noite para a discoteca e então essa frase veio “ao barulho”, sendo condição sine qua non para que a saída se efectuasse ou então para que a mesma corresse como deve ser. Curioso… lembrei-me que eu próprio proferi essa “bela” máxima dezenas (talvez centenas…) de vezes, entre os últimos anos da secundária e o final da faculdade. Sim… porque prioridade é prioridade. E gajas, nesses anos… eram a prioridade! Saía-se muito e tudo corria bem… se houvesse gajas, claro! Hoje – sinais dos tempos… ou então só da idade – prefiro um bom jantar com a família, ver um bom filme ou uma boa série de televisão, beber um café com amigos e até já pouco saio à noite. Ah!… e o haver gajas não é, de certeza, condição sine qua non para que uma saída corra bem.

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