sábado

Pequenos prazeres da vida - XI


Pode estar longe de ser a "invenção do século" mas proporciona uma surpresa de todo o tamanho aos apreciadores das avelãs por alturas do Natal. Iogurte... de avelãs! Quem diria?!? Ou melhor, quem haveria de prever que, mesmo que já se tendo tentado comercializar e tal... algum iogurte de avelãs singraria no mercado?... Eu, cá, digo que no provar é que está o ganho! E se muitos curiosos (como eu) provarem, o produto singra mesmo... o que só é (muito) positivo!Este (no caso, à venda nas lojas MiniPreço - não... não vou pedir desculpa por estar a fazer publicidade) é um verdadeiro espectáculo. A partir de agora, não vai faltar disto no meu frigorífico!...

Tenho dito.

sexta-feira

Há dias assim...

...em que nada de jeito apetece que nos saia boca fora.

terça-feira

O "inimigo" inglês


Estou cada vez mais ciente de uma realidade que me parece praticamente impossível de refutar. O timing é tudo na vida. E se não é tudo... é... quase tudo. Quantificando (se é possível fazê-lo), eu diria que o timing é 95 a 99% do que acontece na vida de uma pessoa. Ou melhor, 95 a 99% do que acontece a alguém deve-se a um bom... ou mau timing; ao facto de se ter timing... ou de não se ter. Dizer o contrário parece-me inútil. O timing é tudo na vida. E se não é tudo... é... quase tudo.

domingo

"Eu qui sô Zé Kalang...'êscu!..."

Tenho de admitir que estou - em larga escala - fascinado com a notícia da contratação do (já mítico) Zé Kalanga (médio ofensivo / avançado da selecção angolana) pelo Dínamo de Bucareste, da Roménia. Para quem - entre milhares de angolanos em festa - não ouviu outra coisa senão "Eu qui sô Zé Kalanga!!!!", em altos berros, vindo de todos os lados, durante uma tarde inteira (e início de noite)... tentar imaginar agora esse "grito de guerra" dito em romeno é algo de puramente delicioso (como se pode depreender do título do post). Espero e acredito que Zé Kalanga - autêntica superstar do futebol angolano - singre em terras da capital romena e que isso seja a "porta de entrada" do "17" num campeonato melhor, mais competitivo. Quanto ao resto, não tenho dúvidas. Jogue ele ao nível que os anglanos tanto apregoam... vai ser de certeza "ídolo da galera" (como dizem os brasileiros) e chamado de Zé Kalang'êscu muito em breve!...

quinta-feira

Mr.Jenkins, my cat


Temos tido as nossas desavenças, eu e o meu gato. Amiúde revelamos não ter grande paciência um para o outro, é verdade. Ele mija onde não deve... eu não gosto que ele o faça. Eu deixo-o muitas horas sozinho... e ele não vai muito com isso à bola. Ele mia, mia, miiiiiiiiiia a horas tardias e eu... mortinho de sono e a precisar de dormir... passo-me à séria. Eu não lhe ligo aos miados por comida, água ou por uma muda de areia na caixa dele... e lá vem arranhadela ou um dente afiado em direcção às mãos da malta. São coisas nossas, minhas e do meu gato, que nem sempre afinamos pelo mesmo diapasão. Mas de vez em quando há destas coisas...
... e lá me lembro porque é que gostamos um do outro. Está igual a si próprio. Mr.Jenkins, my cat. E eu gosto dele.

Momento(s)


Hoje fiquei a saber (obrigado, caro amigo!...) que um momento - cientificamente falando - são exactamente 90 segundos. Na verdade, nunca tinha pensado nisso e, agora que sou levado a fazê-lo, isso abre uma série (ainda que pequena) de questões relacionadas comigo próprio e com este blog, inclusivamente. Quer isto (de um momento serem 90 segundos - um minuto e meio, portanto) dizer que, sempre que me pedirem para aguardar um momento, terei de o fazer durante exactamente um minuto e meio e não menos ou mais? Tipo... aos 91 segundos, posso descomplexada e legitimamente virar costas e ir-me embora? Ou será precipitado da minha parte perder a paciência para um "momento" que dure (apenas) há um minuto e vinte segundos?... Se houver quem me esclareça... a malta agradece. Quanto a este blog - pode ler-se no topo -, o lema é «Os momentos e os "pequenos nadas" podem valer uma vida inteira... basta que sejam devidamente aproveitados». Ora, perante esta nova realidade, sou impelido a esclarecer publicamente que, à data em que foi criado o dito lema, a questão do "momento = 90 segundos" não se colocava e, para mim, um momento era muito menos (em tempo) e muito mais (em significado) do que isso. Logo, os momentos de que fala o mote do Petit Riens são aquilo que queremos (cada um de nós) que sejam (em tempo e significado) e não uma mera contagem numérica de segundos num relógio Lorus comprado na feira de Carcavelos. Entretanto, ainda outro esclarecimento. Estes "momentos" que aqui (d)escrevo (inclusivamente este) levam, muitas vezes, mais de 90 segundos a redigir e a ler, pelo que se mantém o que escrevi imediatamente acima: os "momentos" são aquilo que queiramos dizer ou fazer sentir, tome o tempo que isso tomar. Ainda assim, prometo tentar sintetizar um pouco a escrita, para que se aproxime relativamente à noção científica... do momento.

segunda-feira

Apesar...


Apesar de não ter dormido quase nada...
Apesar de ter acordado milhentas vezes durante a noite, por ter medo de não acordar a horas...
Apesar de me sentir cansado às 7 da manhã...
Apesar de ter tomado o pequeno-almoço só com um olhito (o direito) aberto...
Apesar de ter tomado o duche só com um olhito aberto (mas era o esquerdo, porque o direito fechara entretanto)...
Apesar de ter experimentado pela 1ª vez uma combinação de peças de roupa, sem saber se me fica bem (e, ainda por cima, me ter esquecido de colocar um cinto... o que é sempre bom)...
Apesar de ser particularmente difícil conduzir às 7:30 da "madrugada"...
Apesar de ter de recorrer ao velho telemóvel com FM para conseguir ouvir alguns (poucos) sons agradáveis pela manhã, já que o rádio do carro continua "em coma"...
Apesar de acreditar piamente que o dia vai ser um "daqueles", que me vai dar cabo do juízo...
Apesar disto tudo... sinto-me muito bem, gostei de sentir os primeiros odores da manhã (que, ao contrário do costume, não eram derivados do intenso fumo dos automóveis) e curti voltar a cantarolar no carro (Bem hajam, Simply Red!)...!
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UPDATE (ao fim do dia)
De facto, não dormi quase nada... mas não se notou muito.
Consegui acordar a horas e estive a horas para tudo o que tinha a fazer.
Mais (muito mais) do que às 7 da manhã, estou cansado... perdão... arrasado.
O pequeno-almoço, tomado com um só olhito aberto, não deu nem para matar a fome até ao meio da manhã (eram 9:00 e já o estômago pedia mais), mas só houve paparoca de novo perto das 3 da tarde.
O banho, também tomado comum só olhito aberto, esse, não durou nem até às 8:30 (tal foi o calor que se fez sentir logo desde manhãzinha e durante todo o dia) e novo banho PRECISA-SE URGENTEMENTE.
A roupa, afinal, ficou-me bem, apesar da falta do cinto me ter dado muito trabalho a puxar as calças para cima a toda a hora.
É muito mais difícil conduzir às 6 da tarde do que às 7:30 da "madrugada", principalmente quando há cansaço, calor, suor, sono e tantas outras coisas a atrapalhar... mas faz-se, porque o destino é casa.
Não me lembro se ouvi mais música durante o dia... mas desconfio que não.
O dia não foi fácil, mas foi giro e ´não me deu nada cabo do juízo.
Contas feitas, sinto-me muito bem, rapidamente esqueci os primeiros odores da manhã mas dentro da cabeça ainda giram os acordes cantarolados no carro (Bem hajam, Simply Red!)...!

sábado

Escrever


De vez em quando apetece. Escrever. Mesmo quando não há o que escrever nem razão para o fazer. Mas sim. Escrever. Sem assunto, com assunto, com mais do que um assunto ou sem um assunto em especial. Com pretexto, sem pretexto, com intenção ou só porque assim calhou. Escrever. O que se pensa ou o que se ouviu na rua ou no corredor do emprego ou até aquilo que já foi escrito por outra pessoa qualquer. Escrever porque tem de ser ou porque nada mais há de jeito para fazer senão… escrever. Escrever uma palavra, uma frase, linhas soltas ou seguidas, parágrafos curtos ou mais longos, com muita pontuação ou sem pontuação nenhuma. Nem acentos, nem sinais, nem sequer com todas as letras mas ainda assim as suficientes para se entender o que foi escrito. Escrever. Em papel, no computador, no telemóvel, num quadro de pedra, na areia da praia, numa tela, numa velha máquina de escrever, no ar… na imaginação. Escrever sem escrever… também se faz. Escrever. De vez em quando apetece. Mesmo que, no fim do que se escreveu, depois do último ponto final (se o houver) nada tenha sido escrito de facto. Só palavras, meias soltas, meio com sentido, bem ou mal associadas, bem ou mal usadas, bem ou mal entendidas, bem ou mal escritas. Mas escritas. De vez em quando apetece escrever. Apeteceu-me agora. E escrevi.

quarta-feira

Sapiência Felina


Há uns dias [vide o texto Olá... muito "prazer"...] fui visado por uma revista dita "da especialidade". Como a menção não foi propriamente "de polegar para cima", resolvi ficar com um exemplar da publicação para me recordar que este episódio seria um obstáculo a enfrentar de cabeça erguida e para me servir de motivação a ser, cada dia, melhor profissional. Coloquei a revista, estrategicamente, em cima do meu frigorífico, juntamente com alguns "recuerdos" de trabalhos que fui fazendo desde que cá cheguei e, assim, tal como eles, a revista não me deixa esquecer o dia em que fui severamente criticado pelos chamados "expert's". No entanto, curiosamente, acho que é o meu gato quem está a lidar melhor com a existência da revista cá em casa. É que o "senhor chien gato" resolveu adoptar a dita como... sentadeira do seu "real traseiro" felino. Todos os dias, eu chego, ele salta para o topo do frigorífico e senta a peidola em cima da revista. Ora bem!... Eu não conseguiria demonstrar melhor o que sinto pelo que a dita publicação diz de mim!...

O Exclusivo


Assim... sem estar à espera. Sem mais quê nem para quê... Aquela cabeça que vejo lá ao fundo, por entre os carros, no estacionamento... parece... será?... Só há uma maneira de saber. Liga a máquina, vá!... Corro. Tremo. Tento - entre um passo de corrida e outro - dominar a tremideira para que não se note depois, quando chegar o momento. Já ligaste a máquina ou não? Liga, liga! Vá... toma o teu tempo mas liga a porra da máquina! Está?... Ok?... Vamos a isso! Primeiro há surpresa. Depois desconforto (natural - diria eu - aliás, acho que também ficaria incomodado... mas ser figura pública também tem esse "lado"). Por fim, as respostas tortas, evasivas; o típico "Não comento!" substituído por "Agora não posso falar! Não me deixam falar!". A pergunta seguinte sai trémula mas perceptível. Raios!... Tanto trabalho a dominar a tremideira das mãos... e é a voz que me lixa?!?... Tudo acaba em 30 segundos. Pareceram 5 minutos... pelo menos. Mas foram só 30 segundos. Os "apanhados" afastam-se. Entram no elevador. Malas e carinhos que se atrapalham no passo acelerado da "fuga". Será que a máquina estava ligada...? Bom... agora já é tarde para perguntar... É esperar que tenha corrido tudo bem. A porta do elevador fecha. Olho para o lado, apreensivo. Ao meu lado espero ver uma cara de desapontamento por não ter sido possível ligar a máquina a tempo, por não ter feito "brancos" como se deve, por ter tremido ou por algo mais que possa ter corrido mal. Não. Em vez disso, um sorriso de orelha a orelha e... "Man!!!! Granda pinta! Que pica isto dá! Que emoção, man! Espectáculo!". Bom... solto meio suspiro de alívio e peço para ver o resultado. Mais 25% de alívio (os restantes 25 só mesmo quando publicar o material - sempre foi assim) e a satisfação de pelo menos um de nós ter curtido aquilo à brava. Afinal, correu tudo bem. A tremideira notou-se mas não foi prejudicial. O "furo" foi conseguido e - até prova em contrário - houve feedback positivo. All in a day's (night's) work...

domingo

Olá... muito "prazer"...


E eis que na minha vida me cruzo com um género de pessoa de que, até agora, só tinha ouvido falar mas não tinha a chance de ter conhecido pessoalmente. Gente ocupadíssima e cheia de valor cuja actividade principal (senão única) é analisar (acima de tudo, com uma isenção, no mínimo, apreciável) o trabalho dos outros e, não encontrando nada de bem, dizer/escrever mal sobre a competência do profissional analisado (sim... porque casos há - quase todos, curiosamente - em que nada de bom há para dizer, de facto). Aprecio sobremaneira nestas pessoas, sem qualquer margem para dúvida, a capacidade de síntese; do tipo conseguir reduzir a um trabalho toda uma vida de estudo e actividade profissional. Para além disso, também sou de certo modo fã do conceito de escrúpulo que impele estes analistas a respeitar o profissional visado pela sua crítica (sempre construtiva). Sou agradecido, portanto, pela oportunidade que tive de conhecer esse baluarte dos "media" nacionais... os críticos de televisão. Olá... muito "prazer"...

quinta-feira

Choramos Todos


Mesmo que não se vejam nem se saboreie o sal das lágrimas que (não) correm cara abaixo... Mesmo que não se soluce... Mesmo que seja só uma tristeza contida pelo orgulho que - acontecesse o que acontecesse - sabiamos que iríamos sentir... Esta noite... choramos todos um bocadinho.

quarta-feira

4ª Feira de Portugal


Esta quarta-feira é diferente. Sinto-a como um sábado ou domingo. Daqueles em que almoçamos à pressa para sair e chegar a tempo de ter um lugar no estacionamento, ali juntinho ao estádio da cidade ou ao campo de jogos lá da terra. Cheira a coirato, bifana e grelhados vários. E... se não cheira... parece que cheira... vai dar tudo ao mesmo. Hoje é quarta-feira de Portugal. Canta-se o hino e sente-se aquele friozinho na barriga, os pêlos dos braços eriçados e aquela dor de cabeça que não é mas sim só o nervoso miudinho a "atacar". Há gente a entrar mais cedo ao trabalho para de lá sair a tempo de ligar a tv, de ir para o café, para o jardim do município ou do largo onde o coreto vira relvado de futebol. É bonito que assim seja. Hoje é quarta-feira de Portugal. Aconteça o que acontecer, Portugal já sentiu, já sonhou, já demonstrou gostar de si próprio, apesar da crise, dos políticos (que de dois em dois anos também se dizem fãs das quinas), dos desastres, do pouco dinheiro, da criminalidade e das vergonhas que alguns nos fazem passar ao longo do ano. Agora... resta acreditar que continuemos a sentir, a sonhar e a demonstrar que gostamos de nós próprios, mesmo que o nosso País hoje "não seja cá", mas sim num rectângulo verde, lá para os lados da Germânia. Hoje é quarta-feira de Portugal. Quando assim é... somos todos Portugal... e que amanhã, se possível, estejamos cansados, roucos... mas felizes.

domingo

Quatro Meses


Quatro meses não são muito tempo. Ou melhor, talvez até sejam, para algumas coisas, mais ou menos importantes, mas pelo menos não me parecem a mim ser muito tempo. No entanto, reparo que muito se passou já nestes últimos quatro meses. Mudei de casa e a anterior (que é minha) cedo começou a parecer-me de outro alguém que não eu; faltava-lhe o gato, a desarrumação e o cheiro habitual; estava cheia de coisas (praticamente as mesmas coisas de quando lá vivia) mas totalmente vazia de vida. Mudei de casa e a actual, cedo começou a fartar-me; por não ser minha, por não gostar dela, pelo barulho, por ser um R/C, por ser demasiado pequena, porque o gato também não gosta muito… Mudei de emprego e à realização diária (que a sinto – muito devido a um esforço pessoal e intransmissível, proveitoso mas que muitas vezes resulta em frustração) junta-se um cansaço imenso e uma vontade louca de continuar… Paradoxal, … eu sei. Hoje é dia de folga. Um raro dia de folga. Não se torna fácil compensar o sono perdido na última semana (e nos últimos meses… que raio…), acordo mais cedo do que quero, cheira a sardinha assada e tocam os sinos da igreja do bairro (será a rebate?... será dia de boda?... hora certa não é …), o gato acorda (ou com o cheiro ou com os sinos…) e dá uma “ajuda” no meu indesejado despertar, abro a persiana para ele ir ver as vistas à janela, intensifica-se o cheiro das sardinhas (… também… já é quase hora de almoço…) e, enquanto o gato se passeia pela janela e os sinos continuam a ouvir-se ali mais acima, eu dou comigo a pensar… «Quatro meses não são muito tempo. Ou melhor, talvez até sejam, para algumas coisas, mais ou menos importantes, mas pelo menos não me parecem a mim ser muito tempo…»

sábado

Oh... Yes!!! (perdão...) Ah... Oui!


Este não é um Petit Rien. É mesmo um PEQUENO NADA - bem português. Porquê? Porque - pelo menos até quarta-feira à noite - este blog não "gasta" produtos franceses. É tudo portuguesinho e com orgulho de o ser. De desaires gauleses estou farto já desde os meus 8 anos, em 1984. Por isso, hoje que me sinto cansado mas muito feliz, decido que só o endereço do blog não mude (porque não podia mudar). Mas o título - perdoe-me caro leitor - esse muda por uns dias, se não se importa, ok? Depois de quarta-feira - está prometido - feliz ou infeliz que esteja eu e este meu país que vibra junto comigo esta noite, o "Pequenos Nadas" volta à sua "1ª forma". Até lá... Au Revoir au titre "Petit Rien's"!