sexta-feira

The Moon Over Porto Salvo


Parto daqui a pouco (sim… devia estar a dormir antes de um voo e de uma longa viagem de trabalho mas só agora acabei de preparar tudo e dormir uma hora agora parece-me descabido) para a Holanda, onde me espera o meu maior desafio profissional de sempre. Curiosamente, não me sinto nada nervoso (se calhar só vou sentir isso quando pisar território holandês… não sei…). Só cansado. Muito. Porque o último mês foi tão desgastante quanto antevejo seja este também. O que me leva a pensar que parto claramente em desvantagem em relação ao “adversário” (o meu trabalho) mas com a perfeita noção de que para conseguir vencer o desafio terei de me superar ainda mais e, assim, provar o que ainda eventualmente não tenha provado. Na mala levo muita roupa, alguns gadjets necessários ao ofício e vontade de logo que possível voltar a ver o sorriso de PimPim, a minha sobrinha, cujas últimas palavras que me disse ao telefone demonstram a desconcertante e engraçada inocência dos miúdos “Tio… no avião grande vai devagar… senão… cais!”. He He! A frase aplica-se à simples caminhada do dia-a-dia, obviamente, mas ela está agora na fase de fazer as primeiras frases mais complexas, com uma ideia dali e outra dacolá… e dá nisto. Claramente, ela não sabe que falar em quedas pouco antes de se entrar num avião não é propriamente a melhor maneira de se desejar uma Boa Viagem seja a quem for… mas eu não me importo! Logo que possa, quero é satisfazer o desejo dela que não consegui cumprir há dias, quando lá estive. Dormir lá em casa significa que é ela quem me acorda – com o irmão mais novo meio atordoado do sono mas a segui-la (como sempre faz) aos tombos – para que eu brinque com ela logo desde as 8 da manhã. É duro, mas em bom. E se ela pediu muito…! E quero fazer-lhe a vontade, claro! Até porque o mimo que ganho vale bem a pena. O Guigo está adoentado e passou a constipação à irmã. Pequenos resfriados que não os impedem de ver o tio às horas que ele ainda lhes vai dizer para estarem atentos. É algo que me conforta, mesmo a mais de 2000 km, saber que beijos virão na minha direcção enquanto faço o meu trabalho. Poucos poderão gabar-se disso, certo? Por fim, a última imagem que levarei de Portugal. A lua, cheia e brilhante como é mais bonita, a pairar sobre Porto Salvo, terra onde deveria ter dormido… mas não dormi. Quando sair de casa – daqui a cerca de uma hora – ainda estará por lá, certamente. Ainda bem. A ela confio a tarefa de olhar por quem mais gosto e a ela confidencio que quero regressar “maior” e melhor do que sou hoje. Talvez seja possível.

1 comentário:

Menina da Lua disse...

Vens com toda a certeza maior! Garante-te a Menina da Lua! :)Beijo meu