sábado

D.Quixote, versão "Amen"


Os católicos são giros. É uma daquelas convicções que "cresce" em mim de uma forma (estranhamente) muito rápida. Porquê? Porque acho piada também ao D.Quixote. E os católicos parecem-se cada vez mais com a pobre e patética figura do cavaleiro andante que, devido à sua loucura e consequente mania da perseguição, se lançava (coitado do cavalinho dele!...) contra os moinhos de vento, pensado estar a investir contra castelos de inimigos. Assim, inquietas, andam - infelizmente - as mentes católicas (as praticantes, acima de tudo, que as outras pouco se importam). Como que ávidas de terem inimigos para se sentirem fortes nas suas convicções, elas procuram inimigos onde nem sequer existem. Tenho pena que assim seja, até porque também sou católico e não me revejo nesta psicose de "Todo e qualquer um nos quer bater, por isso vamos evitá-lo, porque bater-lhe é contra as Leis do nosso Deus!". Não posso, não quero aceitar que a "santa" Igreja (que é cada vez menos a "minha" Igreja) se relacione assim com o mundo. Ninguém pode dizer ou apregoar orgulhosamente que anda a fazer evangelização e depois faça o contrário, evocando que são os outros que querem desvalorizar o trabalho feito, alegadamente, em nome de Deus. É triste. Muito triste. Mas, enquanto assim for, há algo que me alegra. Tal como àqueles palhaços melancólicos, de lagriminha pintada (muitas vezes borrada) na cara branca e vermelha (e como ao D.Quixote, claro), eu acho piada a estes (supostos) católicos. São giros.

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