Como um pintor ou escultor sem gente na galeria. Como um cantor sem gente na plateia. Como um orador a falar para uma sala vazia, sem gente. Como um autor numa sessão de autógrafos falhada, sem gente na fila com um livro na mão, à espera de vez para conseguir uma assinatura. Assim me sinto eu, logo quando sinto que passo o melhor periodo de criação dos últimos nove ou dez meses, desde que me mudei, desde que me fui embora de Coimbra, desde que cheguei a Lisboa, desde que percebi que será por cá que muito possivelmente vou ficar. Enfim... a vida tem destas coisas. E a frustração também faz parte da vida.
quarta-feira
Alguma frustração
Como um pintor ou escultor sem gente na galeria. Como um cantor sem gente na plateia. Como um orador a falar para uma sala vazia, sem gente. Como um autor numa sessão de autógrafos falhada, sem gente na fila com um livro na mão, à espera de vez para conseguir uma assinatura. Assim me sinto eu, logo quando sinto que passo o melhor periodo de criação dos últimos nove ou dez meses, desde que me mudei, desde que me fui embora de Coimbra, desde que cheguei a Lisboa, desde que percebi que será por cá que muito possivelmente vou ficar. Enfim... a vida tem destas coisas. E a frustração também faz parte da vida.
'Cryptophlebia leucotreta' ou 'Encarsia lahorensis'
Têm, de certeza, um destes dois nomes. Quer dizer... de certeza, de certeza... não sei... Até porque não faço puto de ideia dos particulares da Biologia Entomológica (se é que essa ciência existe). Adiante. Cryptophlebia leucotreta ou Encarsia lahorensis, pouco importa para o caso. Ao caso vem o facto de me ter cruzado com umas "simpáticas" larvas numas tangerinas que, aparentemente, eu estava a... partilhar com elas, muito embora ninguém me tivesse avisado desse facto. Tentei não me meter com elas. Tentei que elas não se metessem comigo. Acho que coseguimos chegar a um acordo e julgo que não nos atrapalhámos. Não será preciso muito para perceber que em vez das planeadas três tangerinas, me fiquei por uma, comida com imensos cuidados, claro. Ainda assim, não tenho a certeza de que consegui evitar, de certo modo, contribuir para extinção da espécie, pelo que, se alguma larva estiver a habitar dentro do meu organismo, daqui envio votos de boa estadia e de boa viagem quando quiser deixar os aposentos. Ah... já agora, quanto às instalações de que (possivelmente) está a usufruir, peço que não sejam usadas de forma indevida e que as deixe como as encontrou. Obrigado.
terça-feira
Pequenos prazeres da vida - XV
Chegar a casa do trabalho, por volta das 9 da noite, sair do carro, respirar o ar fresquinho e sentir o discreto aroma a fumo, que facilmente se percebe ser de lareira. São os meados de outono a caminho do início de inverno, com os pequenos pormenores que não deixam esquecer que, para o Natal... já não falta tudo.
Narciso
Dele se diz que se apaixonou por si próprio, que passou horas e horas e dias a fio a olhar-se nas águas de um rio, porque não suportava não se ver a toda a hora e momento. Claramente, Narciso tinha-se em muito boa conta. Eu acho que estou num bom periodo de criatividade de escrita. Farto-me de escrever, até altas horas da madrugada - como agora - e escrevo ainda mais um bocadinho, se for preciso, para aproveitar aquilo que alguns chamam de "veia (criativa)" e eu chamo simplesmemente de... sei lá... "pensamentos avulsos que surgem a uma velocidade fora do normal e que têm - porque têm - de ser escritos" (Bom...! Se calhar... é melhor tirar o "simplesmente" ali da outra linha...!). Sempre que estou numa dessas fases, não resisto e volto atrás para ver o que escrevi, tanto na altura como noutros periodos semelhantes. Quase sempre - como Narciso - gosto do que vejo... ou melhor, do que leio. Claramente, tenho-me, também eu, em muito boa conta. Mas nem sempre, para falar a verdade. Tal como não acho que (todas) as pessoas que lêem o que eu escrevo acham que sou assim tão bom. No fundo, o que eu gosto mesmo é de perceber que consigo canalizar aquilo que penso para um texto, escrito de forma escorreita e sincera (ou da maneira mais parva possível, se for um InSenso). É...! Talvez esteja a ser narcisista. Mas isto passa...
segunda-feira
Provaram do seu próprio remédio, acho eu...
Uma frase ouvida na rua («Precisas é de "Dasex" pró "dariz"») lembrou-me que, algures no tempo, Zé Maria (vencedor da 1ª Edição do Big Brother) fez um anúncio em que espirrava em frente à câmara, recomendando um medicamento anti-gripe ou algo do género. Pessoalmente, embora eu me enoje com muita dificuldade e poucas imagens vindas da televisão me impressionem, nunca gostei muito dos pingos de "nhânha" a escorrerem pelo ecrã após o dito espirro do baranquenho; mas enfim... Com isto tudo, lembrei-me que agora, diariamente, sou confrontado com vários cartazes das várias edições já feitas do Big Brother em Portugal e não consigo deixar de reparar numa coisa: não conheço aquela gente!! Não (re)conheço quem posa/posou para aquela fotografia, em jeito de foto de famíla (que não eram, embora muito se esforçassem para parecer), que durante meses apareceu nos televisores de Portugal... só para entrar no "clube" dos "(Re)Conhecidos por Todos". Curioso... Saiu-lhes o tiro pela culatra. Já não me lembro de (praticamente) ninguém. Zé Maria deu em maluco, Mário ("tás a ver?") está preso, Marta aparece de vez em quando nos concursos da TVI, Liliana (do BB2) era agente imobiliária ou de rent-a-car em Aveiro e Raquel (concorrente do BB3, julgo eu, que conheço pessoalmente) sei que trabalhava num bar no Norte do país. Mais de resto, não sei de ninguém. Será que estão todos bem? Ou será que precisam de "Dasex" pró "dariz"...?!
É daquelas coisas...
Os cientistas não esclarecem muito bem as razões pelas quais choramos. Dizem que tem a ver com o foro psíquico devido às emoções, com o foro neurológico quando nos magoamos fisicamente e os nervos transmitem a dor ao nosso cérebro... Há mesmo alguns estudiosos que dizem que as lágrimas caem quando há excesso de sais no nosso corpo. Não sei. Sei é que de vez em quando choramos, com vontade, por razão nenhuma, psicológica, física ou neurológica. Estou certo de que os cientistas sabem disso também, porque acho que eles também choram sem razão aparente, mas não o esclarecem com exactidão. Chorar, que é na grande maioria das vezes algo de mau, no entanto, faz bem. De vez em quando, faz, mesmo que não haja qualquer razão para vertermos uma lágrima sequer. Não sinto que tenha excesso de sais. Também não estou triste ou contente a ponto de ter emoções aos píncaros. E não me dói nada que não me doesse ontem. Mas de vez em quando faz bem, pelos vistos. Mesmo que não haja explicação para isso.
Será mesmo assim...?
Têm-me dito com alguma frequência que há imensos blog's dedicados a críticar o desempenho dos jornalistas desportivos nas reportagens e nas transmissões televisivas. Dizem-me que há mesmo quem consiga as coordenadas de satélites (praticamente impossíveis de obter) dos jogos televisionados para depois publicar as conversas entre os jornalistas quando não estão no "ar". Como sou curioso, decidi investigar. Para ser sincero, não encontrei propriamente o que procurava, pelo que continua por provar a existência desses blog's do falatório dos jornalistas em "off". Mas há os tais de crítica, os primeiros de que falei há pouco. E esses são... (como dizer...?) demolidores. Sim; é essa mesmo a palavra mais adequada. Se é acesa (às vezes quase corrosiva) a discussão em torno dos casos de arbitragem e das jogadas semanais do nosso futebol, é estranho perceber que a acidez dos comentários ao trabalho de quem narra o "desporto-rei" é ainda bem maior.
sábado
Ai se ELA cai!...
(Quase) Parafrasear os Xutos & Pontapés no título deste post faz todo o sentido, porque é da unha do meu dedo gordo que se fala. Estou com algum receio. No seguimento de um acidente em que, há dias, levei com uma pedra de dimensões consideráveis em cheio no pé direito, sangrei e fiquei com a unha do dedo gordo um bocado mal tratada. Há algum (não muito, valha a verdade) negro de sangue "pisado" na base da unha e o dedo dói nessa zona. Fiz o penso diariamente enquanto foi necessário e nos últimos dias tenho observado o evoluir da situação... mas com alguma distância, confesso. Percebo agora que é por fobia. Medo de que a unha caia se eu lhe mexer com o intuíto de verificar se ela está mesmo bem segura lá ou se oscila, por exemplo. Pode não fazer grande sentido - e acredito que não faça - mas é mais forte do que eu. Aguardo agora que o receio passe... ou que a dor e a negritude desapareçam. Talvez aí, mesmo assumindo que sou um cobardolas, já "encare" a minha unha de novo. Até lá, resta-me esperar que não caia. Se cair,... aí terei mais dores e fobias para tratar.
quinta-feira
quarta-feira
Ressabiados de merda!!!
Há um ódio de estimação de quem é obrigado a levantar cedo para trabalhar por volta das 7 da manhã por todos os outros que, não importando se trabalham até tarde, dormem um pouco mais. Quando a campainha de casa toca, furiosa e ininterruptamente, durante largos segundos às 8 da manhã em ponto... isso torna-se perfeitamente claro.
Bom timming!...
O jornal online Portugal Diário noticia que a Scotland Yard fez finalmente um retrato robot do famoso psicopata assassino britânico conhecido como Jack, O Estripador. Ao que parece, é o tipo que se pode ver na imagem apense ao texto. Parece-me bem. Tem, sem qualquer margem para dúvida, ar de rufia do pior. E, sim, um indivíduo que, por volta de 1880 matou uma data de gente em Londres não podia ser boa rês e um rufia, certamente, daria bem conta do recado. Ora... diz a notícia um pouco mais. Diz que (e passo a citar) «Jack deveria ter entre 25 e 35 anos quando cometeu os crimes, medir entre 1,65 m e 1,70 m de altura, de compleição corpulenta». Muito bem. Está encontrado o perfil e feito o retrato de Jack, O Estripador. Como já disse, parece-me bem. Só que - e corrijam-me se estou errado - não seria mais útil ter conhecido a imagem do tipo... em 1880?!? Sim, fazer o retrato do gajo, saber como ele era... é giro e tal... mas o timming é tão inútil que até chateia. Mas... bom... Também não é preciso desancar tanto na malta que até se esforçou para chegar a este resultado. Para eles, tenho a seguinte mensagem: A "fotografia" vem bem a tempo, minha gente! Muitos parabéns!!! Para os outros todos... Vá... agora que os tipos da Scotland Yard não estão a ver e ouvir, já podem fazer-lhes um manguito e chamarem-lhes parvos... Mas baixinho... para eles não ficarem desanimados. Talvez ainda seja preciso fazer o retrato robot do Judas Escariotes,... para a malta católica poder ter um rosto para odiar assim mais à séria...!
domingo
Pavarotti
Ao contrário do que o nome possa fazer crer, não era (nem de longe, nem de perto) corpulento como o famoso tenor. Muito menos cantava, de resto. E até ladrar, valha a verdade, já vinha sendo algo raro mas - acima de tudo pela própria raridade do acto - delicioso de ouvir. Pavarotti morreu hoje. Não ladrava muito, não era corpulento e não era um cão de "pedigree"... mas fez feliz quem na sua (muito) longa vida de cão o rodeou. Até a mim, que da sua fama ouvi falar muito antes de o conhecer e pouco (mas bem) gozei da sua companhia. Onde está agora em breve nascerão relva e flores, mais bonitas - acredito - do que as que nesse local existiam. Parece-me, no mínimo, justo que assim aconteça. Se ali quis ficar, então que o local lhe faça também a devida homenagem. A minha, pra ele, aqui fica.
quinta-feira
O meu mais recente problema
terça-feira
(Não) Custa
Custa levantar muito cedinho com a certezinha absoluta de que não tarda se vai pegar no volante para fazer centenas de quilómetros e de que, durante dois dias, parar vai ser… mentira. Não custa fazer os primeiros 250 quilómetros a pensar que, no final dessa viajem, o K@ passa a ser o Tio K@ e vai haver beijos e baba e pirralhos a puxar a malta para mostrar os brinquedos todos e fazer muito barulho que, também ele, não custa nada aturar. Custa imenso conduzir metade do caminho na Nacional 1, por causa do estado lastimável da estrada e da tremenda falta de civismo de grande parte das pessoas que usam esse itinerário. Também custa chegar mais tarde que o previsto… precisamente por causa na EN1. Não custa ter, além dos sobrinhos, a avó à espera, desejosa de um beijo, de um mimo e de dois dedos de conversa com o neto que está longe e com quem já não fala há meses a fio. Custa saber que a velhice traz tristeza e solidão e saudade da casa e da terra que se deixou quando se rumou para o lar de idosos, tanto quanto custa saber que pouco se pode fazer para ajudar a melhorar a situação porque para oferecer só se tem palavras e uma carícia para fazer. Custa dizer adeus… Não custa (dantes custava) estar com toda a família mais próxima à mesma mesa. Custa conseguir conciliar as disponibilidades de várias pessoas à agenda super preenchida de quem só tem 48 horas para ver o máximo de amigos possível e fazer o máximo possível de recados também… e, já agora, custa pensar em ver amigos como uma “tarefa”, no meio de tantos outros afazeres. Não custa beber um bom copo de vinho tinto, a acompanhar arroz de cabidela e uma conversa; quando a isto se juntam castanhas assadas… então… ainda melhor. Custa conduzir 30 km à meia-noite, no final de um dia muito longo e com muitos quilómetros rodados; no final dessa viagem… cair na cama e adormecer não custa nada, curiosamente; acordar cedo no dia seguinte, sim, custa a valer. Seguir para almoço com mais um amigo não custa, andar às compras à cata de um escorredor de talheres nas minhas lojas de bugigangas favoritas também não custa, interromper esse raid de compras de plásticos para ir ver os sobrinhos de novo… também não custa. Mas custa tanto despedir-me deles, quase de certeza até ao Natal…! Custa faltar a um compromisso por ter outro marcado e saber que a pessoa que supostamente me esperaria nesse encontro prioritário, afinal não vai estar lá, invalidando dois compromissos de uma só vez. Não custa (muito embora as estradas sejam muito más) ir até à aldeia da infância pelo caminho tradicional e não pela estrada nova, recordando outros tempos e outros passeios. Custa entrar na casa dos avós, agora deserta, fechada, húmida, suja de pó (e algum bolor) e saber que os ratos consomem objectos que são muito mais do que objectos – que são memórias que não queremos perder. Custa entrar nessa casa de dia e sair já de noite, cerca de uma hora depois, porque não há luz na rua e fazer o caminho até ao carro com caixas e sacos pesados nos braços torna-se uma aventura. Não custa comer uma perninha de frango de churrasco antes de iniciar o caminho de regresso a Lisboa, compondo o estômago para mais duas centenas de quilómetros na Nacional 1 (outra vez a Nacional 1!!!!) e na A8, que também não é o supra-sumo das auto-estradas. Custa despedir-me dos meus pais mas eles fazem por que não custe assim tanto, já que depois se fartam de telefonar, até à exaustão, todos os dias da semana, por tudo e por nada. Não custa chegar a Lisboa, porque me sinto em casa e, logo, aconchegadinho. Custa olhar para o conta-quilómetros e perceber que foram feitos qualquer coisa como 593, entre viagens e “voltinhas”, que se somam aos 130mil que o carro já contava e isso significa que a (cara) mudança do óleo ficou, de repente e deprimentemente, bem mais próxima. Não custa rumar à cama e desligar os “motores” até ao dia seguinte, porque o cansaço ajuda. Bom…mas ajuda… ao fim da noite, porque de manhã… é tudo bem diferente. Aí… custa. Custa acordar, custa levantar, custa entrar no carro, custa entrar ao serviço,… mas não custa pensar no fim-de-semana que até pode ter custado mas, feitas as contas,… não custou tanto como isso. Se calhar, há que fazer mais destes.
segunda-feira
É "oficial". Está frio.
Para quem não terá percebido ainda, hoje é o 1º dia oficial de frio desta meia-estação que nos há-de levar ao inverno. E ontem foi a respectiva 1ª noite de frio também. Sair à rua e sentir que a camisa (só de per si) já não basta para abrigar o corpo da aragem mais fresca que paira, que a garganta já pica um bocadinho quando se respira mais fundo e que os dedos dos pés já se queixam um coche quando a malta pára por mais de 10 minutos...! O frio está aí. Venham as meias grossas para dormir, venha o termo-ventilador da despensa para sala, venha o leite com chocolate quente ao deitar e a sempre chata escolha da camisola na manhã seguinte. Isto já para não falar do pingo do nariz vermelho e do esfregar das mãos antes de pegar no volante... Está frio. É oficial. E pronto.
sexta-feira
Vender a Alma ao Diabo
(vista PRADA ou uma qualquer marca de fatos masculinos)
Gosto sempre que um filme me faça ver mais para além do que a própria estória que se desenrola na tela. Para isso, a estória tem de ser boa e estar bem "contada" no ecrã. Esta estava e isso foi bom perceber. No entanto, foi... menos bom ter a sensação de que aquela personagem, que tantas semelhanças (excepto no aspecto físico, evidentemente) tem comigo, faz no final aquilo que se calhar... eu não faria, se estivesse na mesma posição. Sei que isso significa que sou má pessoa, possivelmente. Mas no que toca a carreira profissional, custa-me pensar que alguma vez não venha a dar tudo o que tenha por aquilo que faça. Até ao fim, sempre a dar o máximo. Pode parecer doentio e às vezes é preciso abrandar (ou mesmo diazer "Basta!"). Mas optar por desistir de algo em que se é bom... não sei se o faria. Chama-se a isso - dizem por aí - vender a alma ao Diabo. Não sei. Mas se assim for, eu e o Rabudo, afinal, mantemos uma relação comercial muito boa.
A fotografia? Anne Hathaway. Também ela com uma... excelente relação com Satanás, diria eu.
Sabe Deus por quê... com aquela cara de anjo...
quinta-feira
Pequenos prazeres da vida - XIV
Comer bagos de romã, fesquinhos, saídos do frigorífico, à colherada, de uma tijela. Espectáculo!!! Único ponto contra é o facto de os bagos não aparecerem simplesmente na tijela... Mas o descasque da romã, por muito de demore e suje as mãos, vale bem a pena.
Colherada a colherada... comer bagos de romã, fesquinhos... Espectáculo!!!
quarta-feira
Não apitem!!
Mudar do horário da tarde para o da manhã tem em mim alguns efeitos nefastos. Para além de andar meio "zombie" nos primeiros dias (porque pareço estar num fuso horário completamente diferente - e daí com um certo "jet leg"), vejo-me obrigado a levar com as filas de trânsito, tanto na ida para o trabalho como na hora do regresso. Ora... para quem está com a cabeça meio toldada pela alteração da rotina, pouca coisa pior há que ouvir as buzinas dos mais impacientes para chegar a casa, ao fim do dia. Ao volante, maçado porque as luzes dos faróis dos carros que circulam em sentido contráro também não ajudam a melhorar a minha disposição, sempre vou pedindo (mesmo sabendo que ninguém me vai ouvir): "Pronto... se as luzes são precisas, está bem. Mas, por favor, não apitem!!". Quase sempre, basta eu pensar nisto para um energúmeno qualquer desatar a buzinar, vá lá saber-se por quê...! Aí, peço de novo: "Não apitem!!". E é nisto que consiste o meu (doloroso) regresso a casa, com a (triste) certeza de que no dia seguinte vai ser outra vez tudo igual.
Tão fácil de entender
É, de facto, tão fácil de entender que os The Gift tivessem (e tenham, legitimamente) a ambição de serem muito mais do "simplesmente" que uma banda "portuguesa". Mas o último êxito de Sónia Tavares e companhia é bem o reflexo de que Portugal precisava que a banda fosse também... "portuguesa". A canção está perfeita e... fácil de entender, o que é um extra muito bom. Pena é que eu ainda não consiga aqui pôr ficheiros de som... A minha iliteracia cibernética é lamentável...!
sábado
Twin Peaks
Há pouco, ouvi a música da série "Twin Peaks" no rádio. Alguém chegou a perceber quem matou a Laura Palmer...?!?...
quinta-feira
Sessenta GigaBytes
São muitos. Pensava eu que eram tantos que se assemelhariam assim tipo ao mar (que se lhe se o início mas depois segue para a linha do horizonte, a perder de vista). 60 GB nunca os tive em computador nenhum que tivesse usado (computadores meus ou do trabalho). Dizem-me agora que não é assim tanto como eu pensava que era, que há já portáteis com mais do dobro ou o triplo (será...?) dessa capacidade. E também eu cheguei a essa conclusão quando, ontem, a janelinha cinzenta apareceu em "pop-up" com um som de interrupção de operação preocupantemente... preocupante. Tinha de limpar coisas do disco rígido do K@tatil para poder continuar a trabalhar com ele. Nunca pensei conseguir encher o (até ali imensurável) espaço em disco do meu computador... mas lá aconteceu. Culpa... da Abelha Maia. Quer dizer... tecnicamente, não. Mas foi também por causa dela (por razões que aqui não posso revelar inteiramente) que aconteceu. Sim... não podia perder a chance de ter os primeiros episódios da Abelha Maia (inclusivamente o primeiríssimo de todos, o do nascimento dela)... e, com estas e com outras... o disco encheu mesmo. No entanto, o problema já está resolvido. A Abelha Maia (a para com as restantes "Abelha's Maia's" que andavam a ocupar espaço a mais) seguiu para uma nova morada e pode ser vista convenientemente sempre que se quiser, sem estar a atrapalhar o funcionamento do K@tatil. Agora há mais de 20 GB disponíveis no disco. E 60... nunca mais me parecerão tantos bytes como pareciam até ontem.