quarta-feira

Alguma frustração


Como um pintor ou escultor sem gente na galeria. Como um cantor sem gente na plateia. Como um orador a falar para uma sala vazia, sem gente. Como um autor numa sessão de autógrafos falhada, sem gente na fila com um livro na mão, à espera de vez para conseguir uma assinatura. Assim me sinto eu, logo quando sinto que passo o melhor periodo de criação dos últimos nove ou dez meses, desde que me mudei, desde que me fui embora de Coimbra, desde que cheguei a Lisboa, desde que percebi que será por cá que muito possivelmente vou ficar. Enfim... a vida tem destas coisas. E a frustração também faz parte da vida.