domingo

Pavarotti


Ao contrário do que o nome possa fazer crer, não era (nem de longe, nem de perto) corpulento como o famoso tenor. Muito menos cantava, de resto. E até ladrar, valha a verdade, já vinha sendo algo raro mas - acima de tudo pela própria raridade do acto - delicioso de ouvir. Pavarotti morreu hoje. Não ladrava muito, não era corpulento e não era um cão de "pedigree"... mas fez feliz quem na sua (muito) longa vida de cão o rodeou. Até a mim, que da sua fama ouvi falar muito antes de o conhecer e pouco (mas bem) gozei da sua companhia. Onde está agora em breve nascerão relva e flores, mais bonitas - acredito - do que as que nesse local existiam. Parece-me, no mínimo, justo que assim aconteça. Se ali quis ficar, então que o local lhe faça também a devida homenagem. A minha, pra ele, aqui fica.

1 comentário:

Maria disse...

Não nascem do amor do homem e da mulher como os filhos, mas são tratados como tal. Partilham as alegrias e as tristezas dos mais velhos aos mais novos. São parte de uma família que fica sempre mais triste e mais pobre com a sua partida.